"MALDITA INDEPENDÊNCIA" Crônica de: Flávio Cavalcante

MALDITA INDEPENDÊNCIA

Crônica de:

Flávio Cavalcante

Mentira é sinônimo deste país varonil chamado Brasil. Aliás com vários outros nomes no seu antepassado. Terra de vera, Ilha de santa cruz, Terra dos papagaios e depois Brasil, devido à gama da riqueza de pau brasil encontrado em nossas terras, pertencente à Portugal, hoje independente e é por essa independência que o país tá nessa roubalheira que tá.

A mentira também já começa na letra do hino que não condiz com a realidade do nosso povo. É muito lindo e complexo. Poucos entendem a linguagem e palavras. Anos mais pra frente deixou de ser império e passou a ser república, enterrando de uma vez por todas a moral, onde o homem o parlamentar até os dias de hoje é um representante que desmoraliza qualquer cidadão de bem.

Um país onde tratam política como uma brincadeira, pondo num horário eleitoral gratuito seu zé da Jega, sem um dente na boca e sem a mínima noção de estar ali, me representando num parlamento, onde a justiça fecha os olhos para a sacanagem, onde poderia estar de olhos bem abertos, não posso pôr a mão no peito em sinal de respeito, num país que não tem o mínimo respeito por mim.

Independência ou morte como gritou o Pedro de Alcântara às margens do Rio Ipiranga? Uma realidade bem diferente e insatisfatória no hoje onde a morte sobressai por causa da tão famosa independência.

Meu Deus! O que se tornou isso aqui? O papai Oscar Niemayer ficou bastante furioso quando em vida e disse que ia refazer o projeto de construção da capital da terra de Vera Cruz. Hoje ela tem o formato de avião. Acho que a intenção era simbolicamente ser uma capital alçasse voo pro futuro do país e no entanto o que voa de lá é um balde de porcarias espalhadas na frente de um ventilador; é um vendaval de gatunagem do dinheiro público que sai voando para os cofres particulares das raposas velhas e famintas.

7 de setembro é o dia em que se comemora a independência do país e eu digo com toda veemência. Comemorar o que? Uma independência onde um grupo aumenta seus próprios salários e fazem da mamãe gentil uma vaca boa leiteira onde todos querem mamar nos seios sem querer largar até a própria morte?

Oh! Pátria amada idolatrada salve, salve por ser desalmada para os filhos de braços fortes não fogem a luta e vivem à espera de uma mísera bolsa família para um cala afim de permanecer no posto maior da roubalheira; um projeto que induz a procria desenfreada sem nenhum controle de natalidade.

Deveria ser comemorado sim; se o Oscar Niemeyer tivesse realmente modificado o projeto de Brasília e tivesse tirado o formato de avião para o formato de camburão como ele mesmo falou antes do seu traspasse.

Aí sim; teríamos motivos para comemorar a independência de um país sério e eu teria orgulho de dizer. EU SOU BRASILEIRO.

Flávio Cavalcante