Eu bebo sim!

Lembra quando todo mundo tomava cuba-libre?

Foi antes ou depois do hi-fi?

Claro que teve o tempo de licor de menta com bastante gelo que me foi apresentado por um namoradinho de adolescência.

Fui ao caribe e descobri a Pinã colada escondida no navio para meus tios não verem, gente era pra mim a coisa mais deliciosa, e ainda davam a taça de presente, tenho até hoje as tais taças.

Em um aniversário, convidei amigas para me ajudar a preparar uns Abacaxis com vodka e leite condensado. Tomamos mais abacaxis do que os convidados.

A primeira vez que vi uma Sangria, foi no Rio, gostei, mas depois em Portugal era figurinha fácil no verão, e já não gostei tanto.

Na minha região temos o Vinho de Jabuticaba, nunca gostei, sempre achei a ressaca terrível.

Conheci o gim tônica uma noite com amigas em Vitória, provavelmente acabamos com o estoque de gim do bar, depois saímos a procura de um paquera de uma delas que tinha nome e corpo de deus grego, no fim, estávamos as três bêbadas e mortalmente apaixonadas pelo mesmo deus.

Amo batidas, e tenho uma memória bacana de um bar no Rio que serve as melhores que já provei, eles têm todas as frutas tropicais possíveis, mas a de coco realmente é a melhor.

Quem resiste a umas Caipirinhas no verão?

Falar em Margarita é lembrar uma viagem a Belo Horizonte com amigos para um simpósio, à noite fomos a um bar-boate, onde serviam a maior taça de margarita frozen do mundo, resultado: uma de minhas amigas chegou ao hotel engatinhando. Nós achamos que ela se afogou na piscina de margarita.

Quando criança ouvia falar do tal Leite de onça, sério que ficava com medo, imaginava alguém ordenhando uma onça. Cruzes.

E o tal do capetão? Esse foi uma só vez, pra nunca mais. Estávamos no carnaval, enfrentei com duas amigas, uma viagem louca para a praia onde iríamos encontrar outra amiga que lá morava, ficaríamos hospedadas na casa desta terceira durante todo o carnaval. À noite saímos e tomei um tal de capetão, voltei passando muito mal, e fui dormir, de repente deu-se uma briga entre uma de minhas amigas e o marido da dona da casa. Me acordaram assim: VAMOS EMBORA AGORA!

Eu mal, muito mal, fui praticamente desmaiando pelo caminho, não tinha mais vagas no hotel, e tivemos que viajar por mais 20 quilômetros, eu chamando o Raul de quilômetro a quilômetro. No outro dia voltamos pra casa, fiquei desidratada e se não fosse meu pai de dar água de coco bem verde e chá de folhas de goiaba, hoje não estaria aqui pra contar.

Mojito por favor, pediu uma amiga descolada ao garçom, achei o nome tão interessante que resolvi experimentar, delícia, quase fui pra Cuba entender Ernest Hemingway.

In vino veritas, nem sabia que gostava de vinho até morar em Portugal.

Ao descobrir os sabores tão maravilhosos dos vinhos portugueses tive que me entregar a mais este prazer. Tantos aromas novos, paladares nunca antes experimentados, vão do tanino profundo ao doce néctar, vermelhos intensos, brancos, verdes, portos, licorosos, Portugal, que saudade – vou agora mesmo tomar um Douro.

E finalmente as cervejas. Minha paixão atual. Nada como uma cerveja em um dia quente, com uma turma bem animada, e se rolar um samba então?

No fim, mesmo tenho esquecido alguns drinks, mesmo tendo sorvido tantas delícias, não posso me esquivar de dizer: a cachaça tem lá seu lugar em meu coração.

Mas que fique claro bebo pelo prazer, não pelo vicio.

Cinthya Fraga
Enviado por Cinthya Fraga em 07/09/2015
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