UM DIA DE CHUVA...
Nair Lúcia de Britto
Um dia cheguei atrasada ao trabalho. Eu tinha vindo a pé, andando pelas calçadas molhadas.
Eram muitas as calçadas, chovia... chovia... e chovia. Parecia que eu nunca chegaria à repartição. Mas cheguei, afinal...
Com as roupas molhadas, sentei-me frente à máquina de escrever e comecei a tarefa que eu interrompera no dia anterior.
O frio me consumia principalmente nos pés; porque eu retirara meus sapatos encharcados, e os colocara em algum lugar para secar.
Apesar da situação desconfortável, voltei a atenção para o trabalho, sabendo que aquele não seria um dia fácil de enfrentar...
Eu estava datilografando, compenetrada; quando senti que alguém me tocava às costas para chamar minha atenção.
Era minha colega de trabalho com um pequeno pacote nas mãos: era um par de meias soquete. Vendo-me tremendo de frio e descalça; ela, sorrateiramente, desceu a um centro comercial ali próximo e comprou o par de meias que naquele momento me oferecia.
Foi só risada!
Calcei as meias, é claro, e me senti aquecida, não só pelas meias, mas também pelo gesto solidário. Usei várias vezes essas meias até ficarem velhinhas.
Hoje, guardado na minha gaveta, o pé de meia surrado é apenas a lembrança de uma gentil amiga!
Nair Lúcia de Britto
Um dia cheguei atrasada ao trabalho. Eu tinha vindo a pé, andando pelas calçadas molhadas.
Eram muitas as calçadas, chovia... chovia... e chovia. Parecia que eu nunca chegaria à repartição. Mas cheguei, afinal...
Com as roupas molhadas, sentei-me frente à máquina de escrever e comecei a tarefa que eu interrompera no dia anterior.
O frio me consumia principalmente nos pés; porque eu retirara meus sapatos encharcados, e os colocara em algum lugar para secar.
Apesar da situação desconfortável, voltei a atenção para o trabalho, sabendo que aquele não seria um dia fácil de enfrentar...
Eu estava datilografando, compenetrada; quando senti que alguém me tocava às costas para chamar minha atenção.
Era minha colega de trabalho com um pequeno pacote nas mãos: era um par de meias soquete. Vendo-me tremendo de frio e descalça; ela, sorrateiramente, desceu a um centro comercial ali próximo e comprou o par de meias que naquele momento me oferecia.
Foi só risada!
Calcei as meias, é claro, e me senti aquecida, não só pelas meias, mas também pelo gesto solidário. Usei várias vezes essas meias até ficarem velhinhas.
Hoje, guardado na minha gaveta, o pé de meia surrado é apenas a lembrança de uma gentil amiga!