ESDRÚXULO.
Já parou pra pensar sobre algumas palavras que quase ninguém usa?
Eu, por exemplo uso a palavra DESGRAMA, que é quase desgraça, mas não é. desgrama, pra mim, é uma coisa mais simples, tipo: topada no dedinho é uma desgrama, enquanto migração de refugiados de guerra seria uma desgraça.
Desgrama é uma desgracinha, uma coisa pouca, um xingamento pequeno: Seu desgramado!
Pouca gente usa.
Bacana é outra palavra que está quase saindo de moda.
Já não se vê mais as pessoas usarem bacana com facilidade. Teve um tempo que dizíamos sempre: E aí, bacana?
Hoje, parece que todos têm sede de informação, então o cumprimento ficou assim: Fala aí mermão!
Falar o quê? Sei lá, parece que a fala é de alguém pouco instruído, prefiro o bacana, apesar de indicar minha idade.
Simplesmente não consigo dizer mermão (que seria meu irmão). Tô ficando velha mesmo.
E o inexorável? Pode sair por aí perguntando ninguém sabe ninguém viu.
Que tal prolixo? Tente falar com um advogado que é prolixo e ele te mete logo um processo exigindo dano moral, com mil e um termos em latim contidos em petição de 200 laudas.
A rebimboca da parafuseta – dizem que existe – é que me fez passar um carão dia desses. Minha própria mãe chamou minha atenção dizendo: Minha filha, não fica bem uma moça usar este termo. Acatei morrendo de rir.