ESDRÚXULO.

Já parou pra pensar sobre algumas palavras que quase ninguém usa?

Eu, por exemplo uso a palavra DESGRAMA, que é quase desgraça, mas não é. desgrama, pra mim, é uma coisa mais simples, tipo: topada no dedinho é uma desgrama, enquanto migração de refugiados de guerra seria uma desgraça.

Desgrama é uma desgracinha, uma coisa pouca, um xingamento pequeno: Seu desgramado!

Pouca gente usa.

Bacana é outra palavra que está quase saindo de moda.

Já não se vê mais as pessoas usarem bacana com facilidade. Teve um tempo que dizíamos sempre: E aí, bacana?

Hoje, parece que todos têm sede de informação, então o cumprimento ficou assim: Fala aí mermão!

Falar o quê? Sei lá, parece que a fala é de alguém pouco instruído, prefiro o bacana, apesar de indicar minha idade.

Simplesmente não consigo dizer mermão (que seria meu irmão). Tô ficando velha mesmo.

E o inexorável? Pode sair por aí perguntando ninguém sabe ninguém viu.

Que tal prolixo? Tente falar com um advogado que é prolixo e ele te mete logo um processo exigindo dano moral, com mil e um termos em latim contidos em petição de 200 laudas.

A rebimboca da parafuseta – dizem que existe – é que me fez passar um carão dia desses. Minha própria mãe chamou minha atenção dizendo: Minha filha, não fica bem uma moça usar este termo. Acatei morrendo de rir.

Cinthya Fraga
Enviado por Cinthya Fraga em 07/09/2015
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