O BOM-DIA

Podem crer, hermanos, a educação, por mais escassa que esteja ficandi na nossa sociedade, ainda se faz presente, ainda é item obrigatório por parte de muita gente. É claro que existem as exceções, pessoas que se lixam para as normas vcivilizadas como a cortesia ou qualquer gesto de delicadeza para com o próximo. Essas exceções só esquecemde umdetalhe: essa repulsa à educação não atinge os outros, mas a elas próprias.

E os gestos de cortesia e educação sempre começam por um simples bom-dia.

Reparem como o dia fica mais radioso e certamente mais bonito quando você pronuncia o primeiro bom-dia. Não estou brincando não, até parece que as aves,além dos cumprimentados, cantam em coro respondendo ao simples cumprimento. E, sejamos francos,custa tão pouco, é tão fácil pronunciar essas duas palavrinhas tão curtas mas tão significativas.

Porém o Bom-Dia nunca deve ser um gesto automatico e seco; frio e inodoro; sem grça e displicente. Não, o Bom-Dia tem que ser sincero, terno, efusivo e alegre. A mim repugna o Bom-Dia frio, ele soa como se fosse pronunciado por um robô; Porém fico ainda mais indignado quando vejo pessoas que se consideram importantes e poderosas negarem um Bom-Dia aos mais humildes. Acho que negar um Bom-Dia a uma pessoa humilde é o mesmo que negar uma prece ao Cristo.

Sim, admiro os que não se cansam de dar bom-dia durante as suas caminhadas diárias, vão distribuindo esse cumprimento como se fossem rosas, esbanjando alto astral. Só não gosto do Bom-Dia dado pelos políticos demagogos.

Acho que se deve dar bom -dia até a tristeza, como fez Vinícius de Mraes e Adoniran Barbosa na música Bom-Dia, Tristeza.

No mais, hermanos, Boa-Noite, porque ainda é noite. Mas assim que o dia amanhecer começo a dar Bom-Dia. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 06/09/2015
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