Do homem, da Mudança!
Tal irracionalidade entre os homens há, que apesar de sonharem tanto, vivem insones dentro dos seus próprios sonhos. Isso é coisa de quem abomina a reflexão e debruça-se apenas, ou quase isso, sobre o que os olhos da carne vêm de material, e pronto! O capitalismo é mestre em conduzir seus seguidores nesse tipo de comportamento. O socialismo, seu antídoto.
A desgraça possui uma dada cor social que não se deixa encobrir-se de tudo. Não se pode dissipar a impressão que os fatos reais nos ofertam. Os patamares do crime são perversos demais para serem vistos e tragados passivamente. O mundo tem mesmo sido destecido por nós, esses tolos expectadores que pensamos: tudo podem. Não podemos também esperar que as homogeneidades sejam serenas demais e que com um simples passe de mágica possamos arquitetar o necessário para que as coisas deem certo definitivamente. Só acertamos com densidade quando erramos e procuramos consertar as coisas. A vida é uma escola exemplar, um infindável exercício de busca da sabedoria.
É, portanto, oportuno que nos preparemos para reolhar o mundo e com isso vivamos melhor. Há tempo, é certo, porém sem a fartura que o instante oferece. Já o desperdiçamos demais nas águas passadas. A pressa na reconstrução é mandatória. Novas fórmulas de desenvolvimento devem ser usadas, bastante diferentes das que estão aí à mostra.
As virtudes da austeridade não são poucas, sabemos muito bem disso. É axiomático, até. Mas é chegada a hora de abolirmos o culto às perseguições e o fomento às fofocas, tanto no grosso quanto no varejo sociais. Um país lindamente mestiço como o é o nosso, jamais poderia dar-se ao descuido de abrigar em suas vontades sociais o racismo, o desamor, as fronteiras internas de permissividade ou de segregação. Carecemos de lutas justas e de um comportamento novo frente aos nossos maiores desafios. Isso é do homem.
Esses modelos fossilizados de crescimento, do passado, não nos devem pertencer mais em nada. O Brasil tem que renascer novo em quase tudo. Cabe-nos reencontrar essa nova plaga, cheia de esperança e de desenvolvimento. Planejar é a ordem novíssima a ser defendida com vigor máximo. Tão imoral quanto a omissão é a ociosidade passiva, cega, inútil.
Tempo novo pede esperanças redobradas, força enovecida, acertos mais frequentes. Que o resto de 2015 nos traga ventos novos, criações diferentes, um mínimo de destruição ao meio ambiente, muita paz e bastantes trabalho e emprego. Para crescermos de forma sadia precisamos estar com alma lúcida e a vontade em sintonia com os músculos do desenvolvimento. Que Papai do céu nos proteja muito e nos permita reencontrar a civilidade que tanto sonhamos. Os dindins não nos sejam o único sentido da vida e que com eles nós possamos construir um progresso mais justo para todos.
Creio piamente no poder do coração e na força do trabalho digno. Os homens ré enxergarão seus erros do passado e reconstruirão um mundo novo e feliz como espólio para os nossos filhos e os nossos netos. É dever desta civilização mudar drasticamente, no sentido de caçar os melhoramentos necessários para a construção desse sonho novo que projetamos para um futuro bem próximo. 2016 ainda não promete ser o marco desse recomeço. Ainda escutamos os barulhos das ruas pedindo a saída deste Governo. Não há mais, mesmo, lugar para ele e o partido político que o abriga. Mudemos então. O instante clama por esse propósito!