O que vejo

Quando a jornada chegar ao fim, tenho um único desejo, quero poder assistir o compilado dos melhores momentos.

São tantos, que ultimamente tenho visto beleza até no mais pequeno inseto, que pousa de forma bruta no encosto do sofá.

Tenho em mim a esperança do mundo, conservado em local fresco e sem odor, para que não haja a minima chance de ser contaminada, nem corrompida, nem comprada.

Eu também vejo desgraça, vejo ódio, e amargura.

Vejo ausência de empatia, é conflito, grito, violência.

Mas há o consolo pois o dia ruim sempre acaba, todo dia o Sol renasce, a planta cresce, a semente floresce, tem fruta, perfume, e cor.

Tem abraço, tem sorriso, tem risada

Tem beijo, abraço, carinho

Tem meta, tem objetivo, tem sonho, milhares deles guardados no algodão das nuvens.

Tem dias que tem dor

Tem tédio

Tem tristeza, tem saudade, tem magoa, tem céu cinza, dia nublado e chuveiro queimado.

Mas em todos esses dias, tem outros dias.

A vida nasce, e cessa e torna a nascer.

Todo dia tem os opostos, tem extremidades, todos os dias tem a corda bamba da vida, a queda, e a superação.

E todos os dias tem gratidão.

Que não nos falte, que nos preserve, que nos transborde e fim.

Guardo para mim a doçura e a tolice dos otimistas.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 05/09/2015
Código do texto: T5371914
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