Carência & Intensidade
Eu estava vendo algumas coisas da Legião Urbana no Youtube, e o produtor da EMI, disse:
- 1986, foi um ano muito intenso para eles, por isso, que, no terceiro disco têm poucas músicas inéditas.
E tava pensando, em como 2015 foi intenso pra mim, também. - Fiz muitas coisas esse ano.
Além de reescrever vários textos e escrever vários livros; retrocedi algumas coisas. - E pra brindar o fim de ano, tive uma paixonite nova.
Eu nunca imaginei que iria me apaixonar depois de velho e ainda, pela secretária da minha psicóloga.
E ainda, esconder o sentimento de todo mundo a minha volta.
Ela é linda, tem a voz doce e não é chata como eu pensava que fosse. Mas, o problema é que, a minha mãe detesta ela, mas tudo bem.
A minha mãe detesta todas as mulheres que eu me apaixono.
Ela queria que, eu ficasse com a Natália, a cunhada do meu primo Gilcimar.
Eu dei ideia nela, mas estava dopado no dia. Havia tomado quatro pílulas de Fluoxetina nesse dia, e, uma semana depois, tentei suicídio com elas e tive uma parada respiratória.
A Natália mandou eu me foder e me fodi.
Enfim, embora, 2015 foi um ano muito intenso para mim, editorialmente e emocionalmente, ainda tenho planos pro ano que vem e não quero parar para descansar. - Pois eu, descanso assim: Escrevendo.
Enfim, estava vendo uma entrevista de um Professor da USP no Jô Soares, e ele disse: ''Você ficou 13 anos da sua vida, nessa vida de merda, agora que você achou uma coisa do caralho, sai daí!''.
Enfim, e é tipo isso. Quando você tá fazendo algo que, está te satisfazendo, você não quer parar e não quer que a sua vida acabe.
O Motorhead, falou pra eu não ficar citando o Tobias nos meus livros e nem nos meus textos pra não dar bosta. - E não ficar citando as pessoas, também.
Tarde demais. Cito o que aconteceu comigo no Tobias e cito nomes, desde os 17 anos. Cito os nomes das meninas que eu já dei ideia, cito os bolinadores, cito tudo. - E ninguém liga.
Pois eu, estou escrevendo no que é meu. O problema, é quando você escreve no que é seu e enche o saco deles, no que é deles.
Como aconteceu ano passado, por exemplo. Eu fui falar o que, aconteceu comigo lá na page do Tobias. Além de ter tomado um puta bilhete, o Gilson veio puto aqui em casa.
Agora, eu não faço mais isso, pois sei, que, é errado e sei, também, que, o Colégio Tobias de Aguiar, é mais forte do que eu. - Afinal de contas, é um colégio. E eu, sou um só.
Agora, eu posso falar deles aqui, pois aqui é meu. As únicas coisas que eles podem fazer, é comentar. Ou até, perder tempo criando um blog pra fazer um texto resposta. - Só isso.
Por falar nisso, senti uma carência tão grande, pois, nenhuma professora que eu gosto, me adicionou no Facebook.
A Daniela, eu já esperava. Pois ela, é prima da vaca da Márcia e também, deve ter achado que eu ia meter o pau na priminha dela para todo o sempre.
É... Se bem, que... Até as professoras que, eu gostava, davam mais atenção para os populares. - Tipo, pro Tomasi e pro Vini.
Eu era tão mongoloide, que, nem sabia demonstrar um: ''Hey! Olhe pra mim!'' - Eles sabiam, pois eram revoltados.
A revolta me ajudou em uma coisa: A chamar mais atenção das pessoas. Não só pelo lado mimado, mas pelo lado emocional, principalmente.
A maioria das vezes em que eu ''tento chamar atenção'' é porque, o meu emocional tá bem fodido. - Não é por ser mimado.
Embora, eu seja. E tenho direito de ser. Pois, sou filho único. Quando você não é filho único, você perde totalmente o direito de ser mimado.
A minha relação com o ''ser mimado'' é apenas, quando eu faço birrinha de: ''Eu quero! Fulano fez não sei o quê! Etc''.
Mas, é muito difícil hoje em dia. Era mais quando eu era criança mesmo; e era mais em relação a jogos de vídeo-game e popularidade.
Enfim, mas quando o meu emocional tá fodido, eu fico bem meloso. E fico: ''Quero carinho'', ''Quero atenção'', ''Quero colo'' e blá, blá, blá...
Mas não chego na pessoa pedindo, também. - A pessoa deve perceber primeiro.
E, os meus sinais são bem fáceis de serem decifrados. - Fáceis demais.
Enfim, mas quando eu tô no nível hard e fico dizendo:
- Não é nada!
É aí, que, você deve se preocupar. - Lembrem-se de Paulo Leminski:
''Repare bem no que não digo''.
Enfim, eu precisava dessa mesma atenção que os populares precisavam, naquela época. - Até mais que eles.
Mas, tinha vergonha de demonstrar. - Mas eu não posso botar a culpa só em mim, não...
Pois, vai saber se as professoras tanto como a Daniela quanto a Núbia, não tinham medo de ''pegar doença'' também, né?
Eu ainda, desconfio muito da Daniela, né? Mesmo eu tendo provas de que, ela, não tinha nojo de mim. - Foda-se. Melhor não confiar mesmo...
Principalmente, em primas de vacas gordas.
E outra, vamos supor que a Lilian, me conhecesse de outro lugar e há alguns anos atrás...
Aquele mongo, de perna de bailarina e aparelho babando e tal... Será que ela me trataria da mesma forma?
Não sei. Mas também, penso que, se eu não tivesse essas tristes histórias, essas repulsas e logo após, essa revolta que joguei pra fora, logo depois de sair do colégio...
Eu não teria tantas histórias pra contar, tantas coisas pra escrever e que ainda escreverei e tantas oportunidades que vieram e virão.
Eu deveria ter passado por todas essas histórias, mas deveria ter me revoltado antes e ter sido menos otário, só acho.