Pegue minha mão

Pegue minha mão. Aquela que está livre da cerveja que bebo toda vez. E me tire para dançar. Um forró, uma salsa, um tango, um sertanejo ou até mesmo uma balada antiga. Algo que sirva como ótimo pretexto para aproximar-se de mim, que deixe nossos corpos colados, me deixe descobrir se seu perfume é amadeirado como faz-me delirar, me permita descobrir a quantos batimentos por minuto trabalha seu coração, qual sua destreza com os pés e como vai fazer sua mão viajar por minhas costas e se aventurar em minha cintura.

Se uma música não for o suficiente para fazer essa análise, dance mais uma. Me segure proximo à você, me faça entender que me quer por mais um tempo. Ao finalmente se dar conta de qual é a música, recoste o rosto no meu, sinta meu sorriso abrir ao som de Sheeran, Mayer e Caetano. Caetaneia comigo a noite toda, me faça rir ao se equivocar com os passos, aposte bebidas comigo e perca de propósito. Brinque com as entrelinhas de nossa dança, e por fim, roube um beijo. Espontâneo, desajeitado, daqueles que fazem o fôlego desaparecer e os batimentos acelerarem. Faça de uma dança, A dança. E aí, só aí, solte minha mão, para que da próxima vez eu não hesite em pegá-la.