Convivo com pessoas dessa tão falada Terceira Idade, e posso afirmar sem sombra de dúvida, que elas são de fato da melhor idade. Sem me prender ao conceito antropólogico e sociológico do termo em questão,vemos nessa tão proclamada Melhor Idade ,senhores e senhoras, tão agéis e dinâmicos que por vezes falta energia para acompanhá-los.

Entendo que há restrições impostas por doenças e sequelas da senilidade que diminuem a agilidade dos passos, e por vezes, quando crônica, a pessoa fica acamada ou dependente de cuidados vitalícios.

Por outro lado, quando vamos ao banco, no ínicio do mês é mais comum, encontramos uma fila de pessoas da melhor idade,aguardando para tomar posse de seus parcos proventos de aposentado, para suprir necessidades básicas suas e de seus entes queridos.No período em que se chega a uma fase da vida, onde poderia viver aposentado, aproveitando o tempo que antes não dispunham, devido a filhos e todo encargo de família, o que se vê, são pessoas ainda atuando no mercado de trabalho.

Ando pelas ruas e vejo pessoas na sua melhor idade vendendo sorvete,pipoca, algodão doce e outras guloseimas.Senhoras dessa idade ajudam no orçamento, trabalham, ajudam como podem, se desdobram em cuidados com netos e pessoas da família.

Neste país varonil, infelizmente esses senhores e senhoras não tem o respeito que merecem, por vezes, somos informados de casos de agressão a eles, ou violência psicológica que os intimida. Lamento ,profundamente, que aconteça casos assim, pois a existência de um Estatuto é um documento que no papel aceita tudo, mas na prática a coisa se torna mais complicada.Há cidades que não possuem instalado nem o Conselho do Idoso, que é lei, imagina, os direitos da Terceira Idade, então como são desrepeitados.

Como nós não temos muita coisa a oferecer a esses batalhadores e incansáveis construtores da sociedade, resta-nos apenas dignamente olharmos para eles, e agradecer o empenho e a força que depositaram nessa nação,mesmo agora na melhor idade, não tendo por ela a contrapartida de sua dedicação.




 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 01/09/2015
Reeditado em 07/10/2018
Código do texto: T5367172
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