NOSSAS NAMORADAS

O amor está fora de moda. Infelizmente. O romantismo foi substituído por uma espécie de permissividade. A prioridade atual são os relacionamentos temporários, parecido com teste drive. O foco é o imediatismo amoroso. As pessoas mudam mais de amor do que jogador de futebol de clube.O npumero de divórcos cresceu assustadoramente. As pessoas que mantêm um relacionamento estável são rotuladas de caretas.

Exagero deste arremedo de escrevinhador? Nem tanto. Vejam à sua volta: cadê aquele romantismo de antigamente? Cadê as flores? Cadê as serenatas? Cadê as juras de amor eterno? Cadê aquele poesia de antes?

Não se namora mais, fica-se. A namorada foi sbstituída pelo caso fortuito. Não se corteja mais a moça, acabou o flerte, o namoro propiamente dito, todos os "entretantos" que faziam a beleza e o romantismo foram substituídos pelos "finalmentes" com todas as implicações da promiscuidade.

O retrocesso no romantismo foi danoso para as pessoas. Acabou a magia, aqueles rituais que eram a marca registrada dos anos dourados. O que se ganhou com o advento desse modismo frio e irresponsável?

Felizmente aqui e acolá nos deparamos com exceções, com casais namorando de verdade, com juras de amor, declarações apaixonadas, poesia e muito romantismo. Esse tipo de constação é como um lampejo de esperança. Quem sabe se o romantismo não volta? Quem sabe as namoradas não voltam a ser musas inspiradoras? Quem sabe se a poesia romântica não volta? É preciso ter esperança, apesar dos pesares.

Vinicius de Morais foi o poeta maior dos enamorados. Ele compôs, junto com Carlinhos Lira, uma canção que é uma das receitas definitivas sobre as namoradas, e o namoro. O tpitulo é "Minha Namorada". Num dos versos desse poema musical ele diz: "...E também não perder esse jeitinho/ De falar devagarinho/ Essas histórias de você/ E de repente me fazer muito carinho/ E chorar bem de mansinho/ Sem ninguém saber por quê.../ E se mais do que minha namorada/ Você quer ser minha amada, mais amada pra valer/ Aquela amada predestinada/Sem a qual a vida é nada". E no final arremata: "E você tem que ser a estrelqa derradeira/ Mionha amiga e companheira/ No infinito de nós dois".

Não sei - e acho perfeitamente normal - que alguns achem que estou meio água com açúcar, aliás, açúcar não, adoçante, Finn ou Zerocal, mas, hermanos, na minha opinião o amor é importantíssimo. O amor de verdade. O grande amor. Ele vale mais que dinheiro, bens, ideologia... O amor é o sal da vida, o tempero, a razão. Sem amor ninguém vive, vegeta. Viva o amor.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/09/2015
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