Embate político e a valorização do voto.
 
Estamos assistindo a uma das mais severas crises políticas do Brasil contemporâneo. A presidente permanece como se fosse um pêndulo, ficando ora aliviada, ora apavorada. Enquanto a oposição e a base do governo não se cansam de puxar a brasa para a sua respectiva sardinha, a PGR entrou no meio das artilharias dos pró e contra governo. Confrontou, sem meias palavras, o Ministro do TSE. Este último não aceitou o engavetamento do procurador e resolveu continuar com seus assessores a investigação da campanha da presidente. Porquanto que, o mandato da presidente vem se equilibrando, sobretudo nos votos que recebeu nas eleições de 2014. Haja vista, que o resultado, constantemente, vem sendo evocado como tábua de salvação.
Este conflito, embora muito distante do que gostaríamos, poderá servir para conscientização do brasileiro, sobre o valor de seu voto. Pois, mesmo com tantas dúvidas sobre as contas da campanha da presidente, ela continua no trono, desafiando o TSE, TCU, Congresso Nacional e instituições que investigam os desvios da Petrobrás.
O diploma da presidente concedido pelo TSE para o novo mandato, mesmo abalado pela realidade que estamos vivendo, tão diferente do que foi vendido na sua campanha eleitoral, permanece em pé. Mesmo faltando uma perna, a da legitimidade.
Pois, votar é delegar ao candidato o direito de assumir o cargo público ao qual se candidatou. É dar procuração para que ele represente os cidadãos nas decisões inerentes ao respectivo cargo, até o final do seu mandato.
Todavia, mesmo diante do embate político, tantas discordâncias, protestos contra a legitimidade e desaprovação da presidente, o pêndulo continua se equilibrando pelo fio do voto. Esta lição, o valor do voto, ficará para história. Teremos surpresas nas eleições municipais de 2016?

 
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 01/09/2015
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