Senhor Pires, Dona xícara...
Nunca achei graça em tomar café em copo. Gosto das xícaras — com seus respectivos pires. Gosto, de modo especial, das xícaras pequenas e redondinhas. Melhor ainda se forem decoradas, especialmente com motivos florais e bordas douradinhas. Muitos detalhes, eu sei, mas é que estou pensando nas xicrinhas da cristaleira de minha avó Liduvina. Nunca vou esquecê-las. Até hoje me lembro de como gostava das tigelinhas (era assim que ela falava) da minha avó. Eram levíssimas, pura casquinha de ovo, numa delicadeza que me fascinava.
Cresci assim, apreciando o aconchego e o requinte das xícaras e seus pires... Bobagem? Não acho, não. O café fica muito mais saboroso e a fumaça que sobe em cheiros deliciosos toma as narinas, invade o paladar, o céu da boca, a casa inteira... Antes mesmo que se prove o café. Enquanto isso o pires descansa, numa elegância cavalheiresca sem limites, à espera que os dedos ocupados em segurar a xícara lhe devolvam sua dama. Acho bonito, não sei explicar a razão...
À mesa do café aproveito para filosofar com Senhor Pires e Dona Xícara. São os companheiros de todos os dias, fazem a delícia dos momentos do café. E penso sempre em como formam um bonito par. O que seria da xícara sem o pires? O que seria do pires sem a xícara? A ideia de vê-los apartados não me agrada: foram feitos um para o outro e devem terminar assim, juntinhos para sempre.
Claro que não penso só isso. Penso também que as pessoas são como as xícaras e os pires. Apareadas em suas afinidades, em suas preferências, em suas identificações, elas se atraem, se buscam. E aquelas que insistem no desacerto muitas vezes se frustram. Pensamentos que ondulam na mesma frequência são vetores de bons encontros. Nas palavras, nos hábitos, nos gostos, nos interesses em comum, na forma de ver a vida e fechar as ideias, os pares se avistam, se entendem na multidão.
Uma xícara redondinha combina bem com um pires redondinho. Uma xícara amarelinha combina com um pires no mesmo tom. Uma xícara com florzinha fica melhor num pires que estampe o mesmo motivo decorativo. A harmonia acontece assim, à primeira vista, sem qualquer esforço. Com as pessoas não é diferente. Os postes se atraem? Os de energia, razão de viverem enfileirados iluminando as ruas. No caso de os opostos se atraem, tenho minhas dúvidas.
Portanto, quando xícaras e pires (valendo para as pessoas) se reconhecem e se fundem num parzinho simpático, que se postem harmoniosamente à mesa. O café, sem sombra de dúvida, vai ficar bem mais saboroso... Nos dois casos.
Cresci assim, apreciando o aconchego e o requinte das xícaras e seus pires... Bobagem? Não acho, não. O café fica muito mais saboroso e a fumaça que sobe em cheiros deliciosos toma as narinas, invade o paladar, o céu da boca, a casa inteira... Antes mesmo que se prove o café. Enquanto isso o pires descansa, numa elegância cavalheiresca sem limites, à espera que os dedos ocupados em segurar a xícara lhe devolvam sua dama. Acho bonito, não sei explicar a razão...
À mesa do café aproveito para filosofar com Senhor Pires e Dona Xícara. São os companheiros de todos os dias, fazem a delícia dos momentos do café. E penso sempre em como formam um bonito par. O que seria da xícara sem o pires? O que seria do pires sem a xícara? A ideia de vê-los apartados não me agrada: foram feitos um para o outro e devem terminar assim, juntinhos para sempre.
Claro que não penso só isso. Penso também que as pessoas são como as xícaras e os pires. Apareadas em suas afinidades, em suas preferências, em suas identificações, elas se atraem, se buscam. E aquelas que insistem no desacerto muitas vezes se frustram. Pensamentos que ondulam na mesma frequência são vetores de bons encontros. Nas palavras, nos hábitos, nos gostos, nos interesses em comum, na forma de ver a vida e fechar as ideias, os pares se avistam, se entendem na multidão.
Uma xícara redondinha combina bem com um pires redondinho. Uma xícara amarelinha combina com um pires no mesmo tom. Uma xícara com florzinha fica melhor num pires que estampe o mesmo motivo decorativo. A harmonia acontece assim, à primeira vista, sem qualquer esforço. Com as pessoas não é diferente. Os postes se atraem? Os de energia, razão de viverem enfileirados iluminando as ruas. No caso de os opostos se atraem, tenho minhas dúvidas.
Portanto, quando xícaras e pires (valendo para as pessoas) se reconhecem e se fundem num parzinho simpático, que se postem harmoniosamente à mesa. O café, sem sombra de dúvida, vai ficar bem mais saboroso... Nos dois casos.