P A R C E L A M E N T O

Imaginem um funcionário público estadual que ganha líquido por mês cinco mil reais. Vamos admitir que ele pague mil de aluguel, quinhentos de condomônio, 500 da escola dos filhos, 500 de plano de saúde, 500 de transdporte, gás e luz, 600 de cartão de crédito, mais 500 de despesas com a familia, eventuais, e, claro, o resto com a comida, fica zerado. É assim que vive a maioria dos funcionários ppublicos pequenos e médios, vivem fazendo malabarismo para sobreviver em meio à crise.

Agora, imaginem que, de repente, o governo do estado baixe um decreto parcelando esse salário em várias parcelas e a primeira é de apenas seiscentos reais. Qual a reação desse funcionário? Só pode ser o desespero, a indignação, a revolta.

Isso está ocorrendo no momento apenas no Rio Grande do Sul, mas quem garante que do Chuí essa moda não se estenda até ao Oiapoque?

Não picho o governador, mas acho que ele devia ter parcelado apenas os salários mais altos, dos que ganham de vinte salários minimos em diante. Por outro lado, segundo li no Zero Hora, o líder do PMDB na Assembléia Legislativa cometeu uma injustiça taxando a maioria dos funcionários de vadios. Um insensato.

Olha, tenho minhas idéias políticas, mas entendo que é hora de se colocar de lado as brigas políticas e divergências e se pensar com seriedade numa saida para a crise. O povo não pode pagar o pato. Não desejo que o circo pegue fogo. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 31/08/2015
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