ERA UMA VEZ...

Admiro demais as pessoas que sabem contar histórias. Isso porque sou quase uma nulidade nessa área. Conto muito mal qualquer história por mais que me esforce. Gosto mesmo é de ouvir. Quando menino passava horas ouvindo pessoas adultas contando toda sorte de histórias: as de Pedro Malassartes, das Mil e uma Noites, de Caipora, Papa-Figo, Saci Pererê e do escambal. Gostava inclusive dos relatos dos mentirosos eméritos. Se é uma coisa que gosto mesmo é de ouvir histórias. Ainda sou o mesmo menino abobalhado que ficava de boca aberta ouvindo as histórias contadas à noite, mesmo às de assombrações que me metiam e metem um medo danado. A mim fascinava e impressionava aquela frase inicial: "ERA UMA VEZ...". De boca aberta, repito, coração tocando timbalada, às vezes tremendo de medo se fosse história de assombração, eu fiva ouvindo as narrativas. Tentava decorar algumas, mas isso nunca foi o meu forte, apenas lembro algumas e quando conto, conto muito mal. Infelizmente.

Sinto que hoje os contadores de histórias estejam em baixa, a tevê está acabando com essa arte notável. Um hábito que ensinava mais que a tevê, na medida que a gente fantasiava, raciocinava, memorizava e às vezes interagia com o narrador.

Há um filme que não canso de assistir: "Entre dois Amores", interpretado por Robert Redoford e Merryl Strepp, dos grandes atores. A música é linda e a pasisagem deslumbrante. Um filmaço. Mas o que mais me impressionou no filme é que a herína é uma contadora de histórias. Elas facia as pessoas com a sua habilidade. O filme se passa na África, quando ela recebe visitas conta as histórias, alguém diz qualq1uer frase e ela a trnasforma numa linda história.

O filme me lembra da minha infância, dos contadores de históruias da minha terra, gera saudades, me faz recordar algumas histórias, faz meus olhos marejarem, lembro daquele "Era uma vez...", e também do que os contadorses diziam no final: "E entrou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato, o rei mandou contar mais quatro". Que saudadee do tempo que se contavam histórias à noitinha, com cadeiras nas calçadas. Ah, saudade...

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 30/08/2015
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