Acabou em junho a exposição de algumas obras de Picasso, em São Paulo. Nem me dei ao trabalho de ir ver, pois já as conheço e honestamente, detesto. 

O pintor, um gênio que criou o cubismo, usou suas tintas e pincéis como armas de desconstrução das mulheres com quem se relacionou. Ele não as amava, como querem alguns, mas as queria como objeto de uso e abuso, humilhando-as e destruindo suas vidas.

Uma delas, talvez a mais bela e culta – Dora Maar – tinha 29 anos quando conheceu Picasso, então com 55 anos. Como todas as outras, foi seduzida, se apaixonou e sofreu horrores com as perversidades do velho artista. Acabou num hospital psiquiátrico e, mais tarde, sozinha e esquecida. Ele era um sádico.

 
Apesar de Pablo Picasso ser um “monstro sagrado” elogiado e com obras que valem fortunas, os retratos que fez de suas mulheres são um deboche e uma tentativa de transformá-las em horrores. Mas não se retratou assim nem a seus amigos, sua obsessão destrutiva se restringiu às amantes e esposas. 

Em “A Mulher que Chora”, Picasso simplesmente destroçou a imagem da bela e talentosa Dora Maar, uma fotógrafa morena de olhos verdes, já consagrada no meio artístico parisiense. 

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              "A Mulher que Chora"
 
 
 Apesar de o senso comum elogiar o pintor catalão, o senso crítico deve prevalecer, e conhecer o que há por trás das obras nos faz apreciá-las, ou não. 

Eu detesto qualquer coisa que tenha a assinatura Picasso.
 
 
A ALMA DE UMA CONTISTA IRREVERENTE
Enviado por A ALMA DE UMA CONTISTA IRREVERENTE em 30/08/2015
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