UM BATE-PAPO RARO PARA OS DIAS DE HOJE
Minha irmã, Glécia de Almeida Neves, pega o telefone celular, coloca em viva-voz, faz uma ligação, conversa qualquer coisa e passa para o meu pai.
– Alô! É tio Lelé?
– É ele mesmo, Tião.
– A bênção, meu tio. Como é que vai o senhor?
– Eu vou bem, graças a Deus, aqui vivendo – e o conversa prosseguiu.
Seria um diálogo até comum se, de um lado, em Santa Maria da Vitória (BA), não estivesse meu pai, Sebastião de Novais Neves, 86 anos, e do outro, morando em Lins (SP), João Daniel Neves, 98 anos, irmão do pai de meu pai, Adnyl Novais Neves, meu avô, já falecido. É ou não é uma raridade? Uma dádiva?
Salvador (BA), 30 de agosto de 2015.