G E G Ê

Faz 61 anos que Getúlio Vargas (que o povo chamava de Gegê) suicidou-se, "saiu da vida para entrar na história", como escreveu na sua carta-testamento.

Na verdade, quendo se viu cercado, isolado e se convenceu que seria deposto e talvez preso, decidiu cometer o gesto extremo do suicídio.

Acho que Getúlio foi pessoalmente honesto eum grande presidente. Além das leis trabalhistas, ele estruturou o Brasil para o desenvolvimento econômico. Acho que a história nisso lhe faz justiça.

Mas é preciso lembrar que Getúlio foi também ditador, antes de ser eleito presidente, que subiu ao poder por intermédio de um golpe. E, no poder, instituiu uma ditadura repressiva que deu o nome de Estado Novo. Nela pontifica a asfixia da liberdade, a perseguição, censura à imprensa e as torturas de presos políticos. A repressão era comandada por um tal de Felinto Mueller. Isso faz parte tam,bém da história.

Faço justiça ao aspecto nacionalista e positivo das políticas trabalhistas e de preparação para o futuro do país. Mas, à luz de minha consciência de justiça, nunca vou poder perdoar o Gegê. Primeiro pelos crimes perpetrados pelo Estado Novo e, segundo, pelo crime hediondo que foi cometido com sua autorização. Refiro-me ao mimo que quis prsentear Hitler, na época era simpático ao nazismo, só depois resolveu mandar tropas para a Itália combater o Eixo, ele permitiu, pasmem, a entrega aos nazistas para ser assassinada num campo de concentração alemaão da esposa de Luis Carlos Prestes, Olga Benário Prestes, uma mulher que estava presa no Brasil (presa a mando de Gegê) e grávida. Essa conivência com esse crime hediondo enlameou a biografia de Getúlio. Vou mais além: se existir inferno ele deve estar lá. Foi um crime imperdoável.

Admirei muito Prestes, mas nunca o perdooei por ter apoiado Getúilio, depois do crime hediondo contra sua esposa, achei um absurdo, e mais qe um absurdo uma traição a Olga. É o meu ponto de vista. E priu.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/08/2015
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