UM HOMEM SEM IMPORTÂNCIA

Um homem sem importância na escala social do capitalismo foi atropelado por um bacana, filho de um famoso cirurgião plástico do Brasil.

O homem sem importância veio do nordeste para trabalhar e ajudar sua família. Ele era o sustentáculo e o alicerce.

O homem sem importância teve o azar de estar no lugar e na hora errada em que o bacana passava bêbado com seu carrão em alta velocidade, onde a placa indicava 40 km por hora.

Dizem as más línguas que o bacana estava em torno de 120 km por hora.

O exibicionista estava testando a potência do seu carrão. O bacana já tinha cerca de 70 multas e 300 pontos na carteira. Dos 70, 14 foram por dirigir embriagado. E o DETRAN nada fez para impedir para tomar a carteira do beneficiário da fama do pai. Eles estão acima da lei.

O bacana mesmo com algumas lesões no corpo ficou preocupado com o estado do carro. O parasita não estava nem ai para o ser humano que ele atropelou e matou e muito menos com a família que lamentou e vai sentir a falta do filho, do esposo e do pai que ficou estendido no asfalto.

O bacana já se recuperou, já estar na prisão, tentou por meio do seu advogado o habeas corpus, até agora não conseguiu,teve o azar de encontrar um juiz decente que está resistindo as investidas do seu poder econômico.

A família do bacana junto com o mesmo não deu nenhuma assistência aos enlutados.

O pai do bacana muito falastrão sempre gostou de dar entrevistas algum tempo atrás. Era a sensação na mídia. Ficou mudo,no entanto, poderia ter vindo pronunciar-se perante aos meios de comunicação e pedi desculpas pelo que seu belo filho fez, ou melhor, desfez com uma família de um pai, de um esposo, de um lutador.

O Shisky escocês original e não sei o que mais está custando caro, o carrão bem avariado, seu nome na mídia exposto, porém, principalmente o do seu pai.

A pergunta é, até quando o bacana vai ficar na prisão? Porque sabemos que cacanas como ele não ficam na prisão, aliás, sabemos que crimes como esse não segura ninguém na prisão no Brasil.

inclemente
Enviado por inclemente em 24/08/2015
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