O IGNORANTE RACIONAL

O cientista político Marcus André Melo define o eleitor tipo “ignorante racional”, como aquele que não sabe o significado da palavra “macroeconomia”. Ele apenas avalia racionalmente, a sua própria situação salarial e profissional, adaptando o seu voto a essas limitações, concluindo o cientista, que somente a educação pode mudar o comportamento do “ignorante racional”.

Com efeito, essa educação preconizada pelo ilustre cientista político, certamente não interessa aos políticos, tampouco às denominações teológicas, mesmo porque o nosso atual, horroroso sistema de educação pública confirma essa disposição governamental, tornando evidente aquilo que todos sabemos: “a ignorância é o melhor e mais preferido alimento do “sistema”, contendo todos os ingredientes dos quais ele necessita, para a preservação da sua “saúde” e da sua “longevidade”. Além disso, podemos acrescentar o que é bem mais grave, o “ignorante irracional”, representado pelo eleitor que vota em candidatos que almejam somente uma “boquinha”, ou um emprego, que são aqueles que se valem da sua exposição pública, como artistas, esportistas, costureiros, palhaços, e o pior, até em candidatos notoriamente corruptos, com processos criminais em andamento ou até já julgados, porquanto essa tal de “ficha limpa”, como tudo, segue o esquema de “às vezes sim, às vezes não”. Não nos esqueçamos, que até o “Cacareco” foi eleito! No Brasil, a receita “quanto mais ignorância melhor para nós” (eles) é utilizada há 515 anos! E realmente essa receita funciona: basta olhar a situação em que o País se encontra. Podridão Total e a mais absoluta incompetência, mas o “Sistema” se mantém tranquilamente, porque “l’état c’est moi camarade... “Je sui l’état”. (Eu sou o Estado)