"A VISÃO DA MORTE" Crônica de: Flávio Cavalcante
A VISÃO DA MORTE
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Eu estava lendo uma matéria no jornal e vi um comunicado da morte de uma pessoa que eu tive a oportunidade de conhecer. Fiquei atônito quando vi aquela foto estampada na página do jornal e o que mais me chamou a atenção, foi a seriedade que o corpo fica quando sem vida.
Minha cabeça ficou embaraçada e eu fiquei a me perguntar feito um alucinado, coisas que eu nunca havia me perguntando antes. Como será de fato a morte? Onde andará essas pessoas que tivemos contatos em vida, se realmente a vida é uma continuação? Esta incógnita é um mistério profundo que gera aí uma discussão diversa. É fato que vamos partir um dia. No meu ponto de vista existe alguma continuação depois da morte do corpo físico. Se não existisse, então por que razão vivemos? Por que acreditar em um Deus que não existe nada além disso aqui?
A visão que muitos carregam da morte é o medo do porvir. Só em pensar que estaremos deitados naquela caixa de madeira totalmente trancafiada e depois ainda ter que descer uma vala com uma montanha de terra sobre nosso corpo já bate logo uma claustrofobia de tamanha grandeza.
Existem pessoas que sofrem por antecipação e carregam esse medo durante toda a sua existência na terra. Esse medo segundo especialistas vem desde o útero da mãe. As vezes um trauma quando criança fez plantar essa semente do medo da morte e depois da germinação desse medo é difícil de esquecer.
A própria vida nos dá a resposta para todas as perguntas. A visão que eu tenho da morte hoje em é bem diferente de tempos de outrora. No falecimento dos meus pais fiquei horas do lado dos corpos inertes e gelados tirando dali uma lição de vida que me fez ter outro pensamento sobre o tema abordado. Hoje tenho a nítida certeza de quando morremos entramos num sono profundo para este mundo.
A incógnita está aí. Quando acordaremos e onde? Como vamos começar a nova vida se chegaremos lá sem lenço e sem documento? Incrédulos não dão importância a isso; pois, tem uma visão de opinião bem contrária e diferenciada de muitas pessoas. Eles se contradizem toda hora. Uma hora eles falam que não acredita numa continuação depois dessa existência; que tudo termina quando morremos. Mas a vida de fato tem os seus mistérios. Faço a pergunta então para estes desinformados. Se não existe nada além desse mundo material, posso afirmar com toda veemência que não existe Deus. Então o que estamos fazendo aqui? Pra que seguir ensinamentos de uma palavra escrita que eles dizem ser a palavra de um Deus que não existe?
É fato que a própria vida nos dá essa resposta de que existe algo mais além da morte do corpo físico. Estudiosos fizeram vários testes nos tempos do holocausto em seres humanos para tentar descobrir um espírito além do corpo e não encontraram nada. Mas por outro lado médiuns de unidades espíritas kardecistas afirmam da existência de um mundo paralelo e que essa vida da matéria é apenas uma escola de reparação de erros. De onde viemos certamente um dia iremos voltar, assim como a matéria vai voltar ao pó, o espirito também terá o seu retorno. A matéria apodrece e o espírito continua sua lida em outra dimensão.
A nossa cama do lado de lá será aconchegante se prepararmos a nossa cama do lado de cá. Por isso que a vida nos dar esse embasamento de que temos que fazer com o outrem o que gostaríamos que ele fizesse conosco. Não tem nada demais nisso além de algo obvio.
É o ensinamento do plantio de uma semente saudável e regada sempre no momento certo. O resultado é uma árvore frondosa com belos frutos saborosos e saudáveis.
Essa parábola explica bem que a visão da morte é uma fato natural. E o nosso amanhã depende do plantio de hoje tanto na vida material como principalmente na vida espiritual.
EM CONCLUSÃO, VAMOS PREPARAR A NOSSA CAMA AQUI NA MATÉRIA PARA QUE NA ESPIRITUALIDADE COLHERMOS ESSES FRUTOS DELICIOSOS À NÃO TER QUE SENTIR A PIOR DOR DA CARNE E DO ESPÍRITO QUE É A DOR DA CONSCIÊNCIA.
Flávio Cavalcante