Dia do escritor: Não somos todos escritores?
Somos todos envolvidos com os acontecimentos cotidianos, que produz marcas distintas em cada um de nós, sendo que alguns procuram fazer o registro do que lhes acontece, dos pensamentos que a vida desperta em suas consciências, dos sentimentos que dai aflora, e estes cronistas são escritores em ponto de germinação.
Assim, todos tem o potencial para serem chamados de escritores.
Já aqueles em que depois de aflorada as verves da escrita dedicam-se em aprimorá-la serão ao fim de sua existência, possivelmente aclamados como escritores fundamentais á cultura.
Ser escritor é dar testemunho de si, perante outros, perante o tempo!
E escrever é um entrelaçamento de muitos elementos, que trarão á urdidura do texto as suas cores, suas formas, tanto objetivas quanto subjetivas...
É um fotografar, pintar, esculpir, através da palavra, que escolhida dentre tantas de uma língua tragam em si mesmas o reflexo do que foi intuído, sentido, pensando...
E elas, as palavras, com sua carga histórica, com sua vocação a significar, são pedras fundamentais á escrita, e por isso não podem ser usadas de qualquer maneira ou forma...
As palavras são a fôrma em que serão formadas as várias representações do que foi escrito!
E como um espelho, se bem limpo, propiciarão um nítido reflexo do que querem representar, e significar... Ao contrário, serão veiculo de dúvidas, discórdias, malversações...
Escrever é acima de tudo, comunicar... E fazer-se entender é de suma importância, assim, a clareza, a coesão, é imprescindível...
Só que a arte da escrita, nos dias que correm, esbarra no encontro de uma plateia apta a decodifica-la, e através de uma leitura ativa recodifica-la, tirando dela novos significados, ou usando-a como ponte para outros pontos de vista possíveis, ou inimagináveis...
É por isso, que escrever é um dom!
Mas, avento que qualquer dom, dada a sua potencialidade, tem que ser constantemente incentivado, motivado, experimentado, trabalhado e retrabalhado, num fazer-se a si mesmo incessante.
Escrever, além de ser um entretenimento, é também um labor de pesquisa, de elaboração de conceitos, que podem vir a fundamentar a vida em comunidade, fazendo com que a sociedade passe para outra fase de seu longo e árduo amadurecimento. Este pensamento tem como base a ideia de que já ultrapassamos a fase em que os conhecimentos eram transmitidos pela oralidade.
Escrever é registar.
Que registremos em folhas ainda pálidas, carentes de um por vir, o que de melhor tivermos dentro de nós para comunicar... Se não, o que tivermos de mais honesto! - Pois, nós escritores temos nas mãos a possibilidade de aplacar as trevas, na mesma medida em que podemos alimentar a escuridão!
Sabendo que a única realidade que temos para viver, é a em que vivemos, façamos o nosso melhor, pois, juízos de valor, só o serão, após o escrutínio de muitos e tantos que deitem seus olhos sobre os nossos escritos.
Somos nós os escritores de hoje, não só os responsáveis pelo que o futuro falará de nós, mas pelo que intuirá, imaginara... Mas cabe a todos os membros de nossa comunidade, sociedade, propiciar a nós escritores o material para nossos registros...
Na falta de bons assuntos, de material instrutivo, esclarecedor, emancipador, teremos escritores possivelmente mais empobrecidos, e sem fortuna em seus escritos...
E obras sem virtudes!
Afinal de contas não podemos ficar á espera que o acaso produza algum gênio nas letras quando bem lhe convier! – Será que podemos nos dar a este luxo?
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
25/07/2015
Somos todos envolvidos com os acontecimentos cotidianos, que produz marcas distintas em cada um de nós, sendo que alguns procuram fazer o registro do que lhes acontece, dos pensamentos que a vida desperta em suas consciências, dos sentimentos que dai aflora, e estes cronistas são escritores em ponto de germinação.
Assim, todos tem o potencial para serem chamados de escritores.
Já aqueles em que depois de aflorada as verves da escrita dedicam-se em aprimorá-la serão ao fim de sua existência, possivelmente aclamados como escritores fundamentais á cultura.
Ser escritor é dar testemunho de si, perante outros, perante o tempo!
E escrever é um entrelaçamento de muitos elementos, que trarão á urdidura do texto as suas cores, suas formas, tanto objetivas quanto subjetivas...
É um fotografar, pintar, esculpir, através da palavra, que escolhida dentre tantas de uma língua tragam em si mesmas o reflexo do que foi intuído, sentido, pensando...
E elas, as palavras, com sua carga histórica, com sua vocação a significar, são pedras fundamentais á escrita, e por isso não podem ser usadas de qualquer maneira ou forma...
As palavras são a fôrma em que serão formadas as várias representações do que foi escrito!
E como um espelho, se bem limpo, propiciarão um nítido reflexo do que querem representar, e significar... Ao contrário, serão veiculo de dúvidas, discórdias, malversações...
Escrever é acima de tudo, comunicar... E fazer-se entender é de suma importância, assim, a clareza, a coesão, é imprescindível...
Só que a arte da escrita, nos dias que correm, esbarra no encontro de uma plateia apta a decodifica-la, e através de uma leitura ativa recodifica-la, tirando dela novos significados, ou usando-a como ponte para outros pontos de vista possíveis, ou inimagináveis...
É por isso, que escrever é um dom!
Mas, avento que qualquer dom, dada a sua potencialidade, tem que ser constantemente incentivado, motivado, experimentado, trabalhado e retrabalhado, num fazer-se a si mesmo incessante.
Escrever, além de ser um entretenimento, é também um labor de pesquisa, de elaboração de conceitos, que podem vir a fundamentar a vida em comunidade, fazendo com que a sociedade passe para outra fase de seu longo e árduo amadurecimento. Este pensamento tem como base a ideia de que já ultrapassamos a fase em que os conhecimentos eram transmitidos pela oralidade.
Escrever é registar.
Que registremos em folhas ainda pálidas, carentes de um por vir, o que de melhor tivermos dentro de nós para comunicar... Se não, o que tivermos de mais honesto! - Pois, nós escritores temos nas mãos a possibilidade de aplacar as trevas, na mesma medida em que podemos alimentar a escuridão!
Sabendo que a única realidade que temos para viver, é a em que vivemos, façamos o nosso melhor, pois, juízos de valor, só o serão, após o escrutínio de muitos e tantos que deitem seus olhos sobre os nossos escritos.
Somos nós os escritores de hoje, não só os responsáveis pelo que o futuro falará de nós, mas pelo que intuirá, imaginara... Mas cabe a todos os membros de nossa comunidade, sociedade, propiciar a nós escritores o material para nossos registros...
Na falta de bons assuntos, de material instrutivo, esclarecedor, emancipador, teremos escritores possivelmente mais empobrecidos, e sem fortuna em seus escritos...
E obras sem virtudes!
Afinal de contas não podemos ficar á espera que o acaso produza algum gênio nas letras quando bem lhe convier! – Será que podemos nos dar a este luxo?
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
25/07/2015