TERÇOL
TERÇOL
Osni de Assis e Silva
O carioca sempre foi um ótimo gozador. Sempre levando a vida numa boa, enfrentam o obstáculos sorrindo. Dificilmente alguém consegue irritá-lo. Trabalha em clima descontraído. Segue horário, sem se escravizar. Praia no fim de semana e chope após o trabalho. Carnaval, boate, barzinho, pelo menos foi desse jeito que conheci o carioca quando o Rio era capital. Hoje ouço muito e leio sempre a respeito do Rio de Janeiro. Parece que houve mudanças radicais na vida do carioca. A violência aumentou consideravelmente, no entanto, muitos costumes permaneceram, inclusive, acho eu, aquele estilo brincalhão e gozador. E fico pensando: como deve sofrer esse pessoal das capitais diante de tanta violência, trânsito horrível, correria, temperatura desagradável (muito calor no verão). Trabalhar com muito calor ou ambiente amenizado graças ao ar condicionado. Mesmo assim, o ar condicionado, ao longo do tempo deve trazer uma série de complicações ao organismo. O fato é que eles gostam, adoram essa vida tumultuada e para eles “balas perdidas’ são perdidas e ponto final. O que fazer? Engarrafamento, simplesmente aconteceu! Alagamento de ruas, e época de chuva torrencial, também dá pra “tirar de letra”. E vão levando a vida!
Pois bem, naquela época, quem tivesse o famoso “terçol”, aquela irritação chata que incomoda o olhar e ao que parece não existe imunidade, era motivo de gozação:
Pois é fulano, você fica olhando para mulher grávida. É isso que dá...