Carga Pesada
Houve um tempo em que achávamos que a emancipação feminina não fosse inalcançável. A mulher ter os mesmo direitos – ela ainda não tem – que o homem é uma coisa. Mas ser considerada sob o mesmo ponto de vista, físico e/ou social, é bem diferente. Parece não ter sido criada para que isto aconteça. Por mais feminista que sejamos ou que queiramos que ela seja.
Senão vejamos:
Segundo institutos de pesquisa especializada, é grande a porcentagem da população feminina no Brasil que se considera desrespeitada. Cerca de 60% das mulheres são, de alguma forma, objeto de violência doméstica, sexual, social e outras.
Além disso, como as mulheres habitualmente se vestem ou se aprontam para outras mulheres, podendo se estabelecer a partir daí uma terrível competição, é fácil verificarmos as situações difíceis porque elas passam.
Cabelo, por exemplo, comprido, curto, com mechas, tonalidade não muito clara ou escura, apliques, perucas, etc. Depilação: se a preferência do namorado anterior era por vagina depilada ou se o atual gosta da vagina hirsuta; tem que depilar as axilas e remover o buço para não ter o aspecto de relaxada ou não ser reprovada por familiares, etc. Unhas (pés e mãos) com todas as novidades e cores da moda, as que forem menos ridículas. Pilates, musculação, yoga, acupuntura, exercícios físicos, tudo visando à necessidade de ser mantida a forma, pra que o marido não encontre outra mais nova e com tudo em cima. Lipar a barriga, as coxas, debaixo dos braços, etc. A mulher do campo também usa brinco, também usa batom.
E o homem não precisando se preocupar com nada disso. Covardia.
E ainda ser mãe, além de trabalhar, e eventualmente arrumar a casa e fazer comida. No caso de a faxineira ter faltado. Tomara que a máquina de lavar esteja funcionando.
Só não chega a ser uma missão impossível porque somente à mulher compete realiza-la.
Quem determinou as coisas dessa forma, estabeleceu a verdadeira superioridade entre os gêneros. Ou sacaneou um em detrimento do outro. Compete ao leitor a identificação do um ou do outro.
Rio, 12/08/2015