ELE NÃO SABIA
Olavo Bilac, entusiasmado escreveu:
“AMA COM FÉ E ORGULHO A TERRA EM QUE NASCESTE! CRIANÇA, NÃO VERÁS NENHUM PAÍS COMO ESTE...”
E nós perguntamos que País é esse? Que terra é essa?
As nossas crianças vêm um céu cor cinza, coberto pela fumaça das queimadas.
Com a poluição das chaminés, envenenam seus pulmões.
Nossos rios estão pastosos e os peixes sufocados, sumiram.
O mar, outrora tão verde, agora é negro, betuminoso. As “verdes” florestas devastadas pelos poderosos, já não abrigam em seus raros ramos um ninho, para embalar um doce passarinho.
Bilac disse:
“BOA TERRA, ONDE O POVO VÊ PAGO SEU ESFORÇO E É FELIZ...”.
Pura Utopia!
Não sabia Bilac que lá pelos lados do planalto central, brotaria uma planta semeada e adubada pela conveniente ignorância de um povo analfabeto.
Essa planta exala constantemente um odor fétido e venenoso do desemprego, da insegurança, dos impostos, da corrupção e da miséria.
Não sabia Bilac que a sombra dessa planta cresceria ainda semeadas pelo mesmo povo, ervas daninhas mais perigosas que a própria planta e dariam rebentos que ateriam fogo em nossos índios e mendigos.
Que País é esse onde as crianças que deveriam amar com fé e orgulho a terra em que nasceram, morrem de fome e sede na maior região do país?
Que País é esse?
Que terra é essa?