ELE NÃO SABIA

Olavo Bilac, entusiasmado escreveu:

“AMA COM FÉ E ORGULHO A TERRA EM QUE NASCESTE! CRIANÇA, NÃO VERÁS NENHUM PAÍS COMO ESTE...”

E nós perguntamos que País é esse? Que terra é essa?

As nossas crianças vêm um céu cor cinza, coberto pela fumaça das queimadas.

Com a poluição das chaminés, envenenam seus pulmões.

Nossos rios estão pastosos e os peixes sufocados, sumiram.

O mar, outrora tão verde, agora é negro, betuminoso. As “verdes” florestas devastadas pelos poderosos, já não abrigam em seus raros ramos um ninho, para embalar um doce passarinho.

Bilac disse:

“BOA TERRA, ONDE O POVO VÊ PAGO SEU ESFORÇO E É FELIZ...”.

Pura Utopia!

Não sabia Bilac que lá pelos lados do planalto central, brotaria uma planta semeada e adubada pela conveniente ignorância de um povo analfabeto.

Essa planta exala constantemente um odor fétido e venenoso do desemprego, da insegurança, dos impostos, da corrupção e da miséria.

Não sabia Bilac que a sombra dessa planta cresceria ainda semeadas pelo mesmo povo, ervas daninhas mais perigosas que a própria planta e dariam rebentos que ateriam fogo em nossos índios e mendigos.

Que País é esse onde as crianças que deveriam amar com fé e orgulho a terra em que nasceram, morrem de fome e sede na maior região do país?

Que País é esse?

Que terra é essa?

Zulema Costa Mello
Enviado por Zulema Costa Mello em 14/08/2015
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