O LONGO ADEUS

Sou um leitor compulsivo de romances policiais. Há alguns críticos que afirmam que esse tipo de literatura é menor, seria apenas diversão, não seria arte. Não contesto, afinal sou apenas um mero leitor e um caçador de ticacas cultural. Mas estou me lixando para os críticos e a crítica. Leio o que quero, independente do parecer dos críticos. Para mim um romance bom é o que conta uma história interessante. E os romances policiais fazem isso. Juro.

Fia desses estava no supermercado, na fila do caixa dos idosos, e passei a vista nos livros que havia num expositor, um deles chamou minha atenção, não neg que foi devido ao títuilo: "O LONGO ADEUS", de Raymond Chandler, o criador do detetive Philip Marlowe. Olhei para o preço, nove reais e noventa centavos, uma revista fascista como a Veja custa quatorze. Comprei o livro. Foi na véspera de viajar a Pesqueira. Li-o na terrinha. Um romance ótimo, um dos melhores que já li, não só dentre os policiais, mas de todos os gêneros. É um romance na linha policial, mas que desnuda a condição humana. Quem não leu, leia esse livro. Urgente. E inté. É o tchau da minha terra.