Valsador da Pátria?
(A respeito, e a despeito, de uma série televisiva que não cheguei a ver
mas que tudo tem a ver)
Mesmo sem ter visto ou estar vendo a série televisiva JK, vontade dá de parpitá. Afinal a história, na memória, é mais interpretação - de Darlene ou Glória, meu irmão.
E como pagamos, cada vez mais pesado, pela alucinação daqueles dias em que Brasília se erigia, esse Brasil é mesmo de todos nós. Menos os nós de bravata e de gravata, já que tal nó não se desata.
Alçado a mito, Jotacá paira nas sumas alturas, havendo-se tornado até ao ex-torneiro, inspiração, modelo e pioneiro. Só pra se ter idéia da fama - sem falar na cama - do homem, dous municípios mineiros resolveram homenageá-lo e a poucas léguas um do outro, um é Presidente Juscelino e o outro, Presidente Kubitschek. Confere e verás.
E ainda assim vaga e valsa há para Presidente Nonô, Presidente de Oliveira, Presidente Peixe Vivo, Presidente Pé de Valsa, Presidente Juju.
Entrei para a escola sob seu governo, tempo em que duas bolinhas de gude se compravam com cinquenta centavos de Cruzeiro e quando terminei o primário seu sucessor escorraçado com vassoura e tudo já havia conhecido o seu 18 de Brumário. Aí então já não sei o quanto custavam as bolinhas mas o bravo Almirante Tamandaré, da nota de
CR$1,00 já começava a fazer água.
Próximo capítulo, Abrantes - ou me capitulo antes?