A gente e a mosca.

Bem que deveria haver uma contrastaçao, ao menos uma comparação entre gentes, por suas vezes seres humanos, transeuntes insanos com moscas de caráter permanente insatisfatório e perturbador. Escrevo como um que passa distante do caráter de ambos, doloroso é tal contastação. Dou lhe a pirraça como o estopim para o desdobramento que me prôpus a fazer, ora, tanto moscas, quanto homens tilintam esta arte de provocação e seja como for e quaisquer que sejam as formas como a pirraça é justaposta aos fatos e prosas, esteja certo de que no momento em que for borrifada, incendiado será um embaraço por vezes sem tamanho. Há ainda outros atos íngremes do ser, ou dos seres que juntos como carne e osso, formam uma só catástrofe. Tanto homens quanto moscas estragam cousas, sendo o primeiro mais avassalador que o segundo, e juntos pior que todas as outras coisas restantes, a sina destrutiva lhes é alavancada quando os mesmos em grande interesse desejam algo, e assim, obstruem a medida do pensar altruísta ou idealmente correto e como epiléticos pulam n'agua, protagonizam o estrago do pequeno ao mais amplo e sendo a avaria quase sempre irreversível, põem-se a colocar culpa uns nos

outros, este é um aspecto puro e simplesmente humano. Catam matérias, e deixam seus pertences em lugares inadequados, e estão aonde não deveriam estar, e sujam e sujos são. Vivem fugindo de sapos e aranhas e outros mais adversários. Enganam e vencem. Morrem com uma bofetada.

Mirela Lourdes
Enviado por Mirela Lourdes em 09/08/2015
Reeditado em 09/08/2015
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