CARIOCAS
Entre o mar e a montanha, sob as bênçãos do Cristo Redentor no Alto do Corcovado... Isso o planeta inteiro já sabe! O que muita gente ainda não percebeu é que o maior patrimônio da cidade do RIO DE JANEIRO são seus habitantes. Simpáticos, alegres, receptivos, brincalhões, sábios na ironia de quem dribla as agruras da vida e ri de si próprio, cordialidade que vai de um extremo a outro... e com a mais tranquila naturalidade a cidade está perenemente eleita como “a mais cordial e amigável do mundo”.
E quem não nasce/nasceu no Rio? Mesmo que exista “carioca amador” (definição ambígua: quem não tem treinamento formal ou não é remunerado pelo que produz), na raiz da palavra está o AMOR, neste sentido quem é ou faz o que gosta. CARIOCA, do tupi ‘karioka’, significa simplesmente casa do homem branco.
Em poucas palavras, podemos classificar e descrever ‘essa gente toda’ em nove tipos básicos (nunca divisores de água, como quando MOISÉS abriu o Mar Vermelho para a travessia dos judeus...) e atribuir a todos, de um modo geral, não atributos físicos e sim dez invencionices e costumes não bairristas que os caracterizam:
BARRA - Emergentes enclausurados em condomínios e prédios, distantes da vida cultural urbana e do... botequim da esquina.
“Expressão ‘Vamos nos falando!’ ao se despedir de alguém, mesmo sem a intenção de ver de novo.”
COPACABANA - Muita gente idosa, mas esperta e atenta, a sabedoria da idade exigindo respeito.
“Mulher que anda rebolando e arrastando a sandália ou a havaiana.”
IPANEMA - Elegância discreta e sofisticação, a mescla de charme carioca e influências das culturas européia e americana.
“Amarrar dinheiro no lacinho da sunga.”
SAMBISTAS - Tradição de PraçaXI(extinta)-Estácio-Madureira-adjacência, puxando elegância no vestir e no falar; alguns são verdadeiros ícones majestosos de tradição... e vocação.
“Chamar de ‘tia’ a mulher mais velha.”
SANTA TERESA - Cultura própria, artistas e esotéricos da parte elevada do Rio.
“Frase ‘Não acredito, mas respeito!’ – andar com fé e amor: às escondidas vai à missa, leva passe, freqüenta a sinagoga e tem fé numa boa macumbinha...”
SUBURBANOS - Facilmente descontraídos, alegria da alma carioca – emergentes agora com maior poder de compra e não existe casa sem... computador.
“Jogar porrinha, tradicional jogo com palitinhos nos botecos, para ver quem paga a cerveja.”
TIJUCANOS - Orgulhosos, bairro ‘família’, mas que rompeu o conservadorismo arcaico e hoje respira com mais liberdade, embora conservando o charme de uma classe média privilegiada.
“Frase ‘Já estou quase chegando’, a quilômetros do local de destino; comum marcar e não aparecer.”
ZONA OESTE - Discrição, povo sério-pacato-antenado, hoje com universidades e shoppings.
“Sentar na murada da praia; batucar na caixa de fósforos ou com o garfo na garrafa de cerveja.”
ZONA SUL – Culto ao corpo, ir à praia, o estar em forma.
“Fugidinha no meio do expediente para um mergulho na praia.”
- - - - -
Ah, para finalizar, todos unidos, no MARACANÃ, no grito ‘Uuuh!’ das torcidas quando é ‘quase’ gol.............................
FONTES:
“Invenções cariocas” – Coluna GENTE BOA, de Joaquim Ferreira dos Santos – “Muitas felicidades!”, artigo de Clarissa Monteagudo – Jornal O GLOBO, Rio, 10/3/12 e 1/3/15.
F I M
Entre o mar e a montanha, sob as bênçãos do Cristo Redentor no Alto do Corcovado... Isso o planeta inteiro já sabe! O que muita gente ainda não percebeu é que o maior patrimônio da cidade do RIO DE JANEIRO são seus habitantes. Simpáticos, alegres, receptivos, brincalhões, sábios na ironia de quem dribla as agruras da vida e ri de si próprio, cordialidade que vai de um extremo a outro... e com a mais tranquila naturalidade a cidade está perenemente eleita como “a mais cordial e amigável do mundo”.
E quem não nasce/nasceu no Rio? Mesmo que exista “carioca amador” (definição ambígua: quem não tem treinamento formal ou não é remunerado pelo que produz), na raiz da palavra está o AMOR, neste sentido quem é ou faz o que gosta. CARIOCA, do tupi ‘karioka’, significa simplesmente casa do homem branco.
Em poucas palavras, podemos classificar e descrever ‘essa gente toda’ em nove tipos básicos (nunca divisores de água, como quando MOISÉS abriu o Mar Vermelho para a travessia dos judeus...) e atribuir a todos, de um modo geral, não atributos físicos e sim dez invencionices e costumes não bairristas que os caracterizam:
BARRA - Emergentes enclausurados em condomínios e prédios, distantes da vida cultural urbana e do... botequim da esquina.
“Expressão ‘Vamos nos falando!’ ao se despedir de alguém, mesmo sem a intenção de ver de novo.”
COPACABANA - Muita gente idosa, mas esperta e atenta, a sabedoria da idade exigindo respeito.
“Mulher que anda rebolando e arrastando a sandália ou a havaiana.”
IPANEMA - Elegância discreta e sofisticação, a mescla de charme carioca e influências das culturas européia e americana.
“Amarrar dinheiro no lacinho da sunga.”
SAMBISTAS - Tradição de PraçaXI(extinta)-Estácio-Madureira-adjacência, puxando elegância no vestir e no falar; alguns são verdadeiros ícones majestosos de tradição... e vocação.
“Chamar de ‘tia’ a mulher mais velha.”
SANTA TERESA - Cultura própria, artistas e esotéricos da parte elevada do Rio.
“Frase ‘Não acredito, mas respeito!’ – andar com fé e amor: às escondidas vai à missa, leva passe, freqüenta a sinagoga e tem fé numa boa macumbinha...”
SUBURBANOS - Facilmente descontraídos, alegria da alma carioca – emergentes agora com maior poder de compra e não existe casa sem... computador.
“Jogar porrinha, tradicional jogo com palitinhos nos botecos, para ver quem paga a cerveja.”
TIJUCANOS - Orgulhosos, bairro ‘família’, mas que rompeu o conservadorismo arcaico e hoje respira com mais liberdade, embora conservando o charme de uma classe média privilegiada.
“Frase ‘Já estou quase chegando’, a quilômetros do local de destino; comum marcar e não aparecer.”
ZONA OESTE - Discrição, povo sério-pacato-antenado, hoje com universidades e shoppings.
“Sentar na murada da praia; batucar na caixa de fósforos ou com o garfo na garrafa de cerveja.”
ZONA SUL – Culto ao corpo, ir à praia, o estar em forma.
“Fugidinha no meio do expediente para um mergulho na praia.”
- - - - -
Ah, para finalizar, todos unidos, no MARACANÃ, no grito ‘Uuuh!’ das torcidas quando é ‘quase’ gol.............................
FONTES:
“Invenções cariocas” – Coluna GENTE BOA, de Joaquim Ferreira dos Santos – “Muitas felicidades!”, artigo de Clarissa Monteagudo – Jornal O GLOBO, Rio, 10/3/12 e 1/3/15.
F I M