CUIDADO COM A POLUIÇÃO DE NOSSAS MENTES
Outro dia numa barreira policial um PM veio de lá com a lanterna apontada na direção dos nossos olhos, atitude deselegante, pois se fossemos bandidos ele e o companheiro já teria sido metralhados guiados pelo facho de luz, que ele sustentava bem na altura do peito.
A logística policial favorece a proteção através de uso de coletes, mas não transforma-os em super homens por isto a técnica policial de 50 anos atrás ainda é valida - lanterna mais afastada do corpo e ambos distantes um do outro para não serem vítimas da mesma visada de tiro. Assim o policial acredita que está poluindo nossas visões em favor da própria segurança.
Costumeiramente a brisa trás lá de baixo o som das sirenes, que aliás estão sumidas, talvez pela documentação em atraso, não delas, mas dos veículos, sirenes que poluem nossas orelhas, provavelmente na intenção de dizerem-se presentes, pois logo são desligadas como se a pressa fosse somente para passar no sinal vermelho.
A vista ainda é poluída pela multidão que joga-se nas ruas fora do sinal e das faixas de segurança, pelos carros que estacionam sobre as calçadas, pelos cortes assassinos de árvores em favor de fios que poderiam ser subterrâneos.
Veículos velhos, veículos desregulados, fumantes de produtos industrializados e agora até maconheiros movidos plea mídia e pelo consenso de comportamentos bestiais em apoio as drogas tipo FHC e Cristovam Buarque enchem nossas narinas e pulmões de sujeira.
Enfim é poluição para todo o lado, poluição pelo descaso, poluição proposital.
No mundo virtual ela também chegou e ainda bem que não afeta todos os sentidos, mas afeta principalmente a mente. É um jogo que por conta de fenômenos psicológicos bem conhecidos das contra e das contra-contra tentam dissuadir-nos da verdade, ou seja pela própria verdade anterior, ou pela mentira.
Obviamente que a verdade anterior não pode ser ignorada, mas nunca amordaçar-nos e fazer com que conformemos-nos ou acomodemos-nos.