PAI , QUASE DO OUTRO LADO ,VELHINHO

Lá no horizonte bem longe está a curva do porvir , desconhecida ,

Um homem vai caminhando até ela, sua caminhada não para, seria coisa muto rara provocar sua parada, de repente surge alguém correndo querendo alcançar a quela silhueta ziguezagueando a sua frente,

cambaleando , ofegante a passos lentos no crepúsculo do tempo, já quase

do outro lado da vida , da quele alguém , os seus olhos o veem , e por intuição descobre quem é e tenta correr para alcança lo , impossível ,

ele jamais será alcançado , sua marcha é mágica , mesmo lenta será inalcançável .Esse alguém tentará gritar o seu nome , porém seu brado

não irromperá na sua garganta , ficará preso em suas entranhas , somente esse alguém ouvirá a si mesmo .

O pranto inundará o seus olhos , cairá como lava incandescente

afogueando seu rosto,

De sua vida será o mais dorido momento , a dor do arrependimento

por te lo abandonado a alguns anos fragmentará o âmago do seu coração . Creia , não haverá nada suficientemente para absorver o seu pranto,nem tampouco bálsamo para aplacar a dor que lhe consumirá

pouco apouco até o momento completo da sua cruciante melancolia .

Esse alguém não verá mai a sua face , ele também não verá mais o seu pranto , todavia dirás com a vos embargada , oque foi que fiz ?

Reconhecidamente esse ser que volatiza ante os meus olhos na

penumbra da vida

para jamais voltar , definitivamente era meu PAI...

José Braz da Costa