CANSADA
Cansada. Não é o vento norte que me deixa assim, eu gosto desse vento quente e forte que deixa as gaúchas indecisas se seguram os cabelos ou a saia. Também não é do inverno que, este ano, apesar das chuvas exageradas, não trouxe os rigores do frio que matam os menos favorecidos. Embora, é óbvio, as enxurradas trouxessem destruição em vários pontos do Estado.
Cansada. Vou ao mercado e, a cada semana, compro menos e pago mais. Sobem os legumes, liderados desta vez pela cebola que já me faz chorar antes de cortada, quando ainda estou no caixa para pagar. Se fossem muitas pelos menos, mas umas três já trazem lágrimas aos olhos. Sobem as frutas que já se tornaram artigo de luxo para quem não pode bancar e que, se tiver a sorte de ter um quintal, ainda pode plantar e esperar 4 a 5 anos para saborear. É óbvio que correndo o risco de ficar sem as vitaminas necessárias para manter a saúde.
Cansada. Porque, sem os vegetais e frutos necessários a uma alimentação saudável, corro o risco de ser atropelada por vírus, pela subnutrição e outras coisas mais graves. Aí vou ao médico, por causa de uma virose, se tenho plano de saúde ele já subiu e, se não tenho, busco o SUS e morro de virose mesmo, porque a consulta é para daqui a sei lá quantos meses. Se tenho sorte, consigo a receita, vou à farmácia e, o que era só uma virose, passa a ser uma doença cardíaca, porque haja coração para o aumento absurdo dos remédios.
Cansada. O material escolar subiu, aluguel subiu, o cartão de crédito subiu, o cheque especial subiu, os juros comem tudo o que entra na conta e eu ainda tenho que agradecer porque o banco me socorre, mesmo com juros abusivos.
Cansada. Cansada de ver enriquecimentos ilícitos, de ver político ladrão, de ver nossas Instituições Públicas depredadas pela imoralidade daqueles que deveriam zelar por elas e, o que é pior, de ver gente defendendo e se solidarizando com aqueles que a Justiça consegue alcançar.
Cansada. Cansada desta piada em que transformaram o Brasil.
Giustina
(imagens Google)Cansada. Não é o vento norte que me deixa assim, eu gosto desse vento quente e forte que deixa as gaúchas indecisas se seguram os cabelos ou a saia. Também não é do inverno que, este ano, apesar das chuvas exageradas, não trouxe os rigores do frio que matam os menos favorecidos. Embora, é óbvio, as enxurradas trouxessem destruição em vários pontos do Estado.
Cansada. Vou ao mercado e, a cada semana, compro menos e pago mais. Sobem os legumes, liderados desta vez pela cebola que já me faz chorar antes de cortada, quando ainda estou no caixa para pagar. Se fossem muitas pelos menos, mas umas três já trazem lágrimas aos olhos. Sobem as frutas que já se tornaram artigo de luxo para quem não pode bancar e que, se tiver a sorte de ter um quintal, ainda pode plantar e esperar 4 a 5 anos para saborear. É óbvio que correndo o risco de ficar sem as vitaminas necessárias para manter a saúde.
Cansada. Porque, sem os vegetais e frutos necessários a uma alimentação saudável, corro o risco de ser atropelada por vírus, pela subnutrição e outras coisas mais graves. Aí vou ao médico, por causa de uma virose, se tenho plano de saúde ele já subiu e, se não tenho, busco o SUS e morro de virose mesmo, porque a consulta é para daqui a sei lá quantos meses. Se tenho sorte, consigo a receita, vou à farmácia e, o que era só uma virose, passa a ser uma doença cardíaca, porque haja coração para o aumento absurdo dos remédios.
Cansada. O material escolar subiu, aluguel subiu, o cartão de crédito subiu, o cheque especial subiu, os juros comem tudo o que entra na conta e eu ainda tenho que agradecer porque o banco me socorre, mesmo com juros abusivos.
Cansada. Cansada de ver enriquecimentos ilícitos, de ver político ladrão, de ver nossas Instituições Públicas depredadas pela imoralidade daqueles que deveriam zelar por elas e, o que é pior, de ver gente defendendo e se solidarizando com aqueles que a Justiça consegue alcançar.
Cansada. Cansada desta piada em que transformaram o Brasil.
Giustina