ENTRE JESUS E A ESPADA

Na época do Império Romano, durante o reinado do Imperador Nero, o mundo vivia um desafio de suprema importância: manter fidelidade a insensíveis deuses de pedra ou aderir a um único Deus que pregava tão somente o amor e a justiça.

Na época atual, vivemos desafios de mesma ordem. Estamos entre os deuses cédulas e um Deus vivo e atuante, que prega igualmente o amor e a justiça.

Milênios se passaram e certas coisas não mudaram. Porque?

Porque a nossa ideia permanece nas nossas estruturas mentais arcaicas.

E assim permitimos que a doença endêmica da maldade domine os corações humanos.

A criatura desde o início pecou, criou a culpa, fez mau uso de seus instrumentos de vida, e isso se perpetua. Estamos sempre entre Jesus e a espada, metaforicamente falando, pois mata-se por motivos banais, ferimos sem piedade, não vivemos o amor .

Jesus nos propicia meios, em todas as épocas, em todos os tempos de nossa existência, da existência humana na terra, para o nosso progresso espiritual, para que tenhamos a capacidade de seguir os seus ensinamentos.

Entretanto, não é fácil desestruturar a mente, trabalhada por milênios de entendimento, conceituação e pressão cultural. Milênios se passaram e nós em processo de auto reconhecimento e crescimento espiritual,ainda precisamos de muita evolução para não ficarmos entre Jesus e a espada. Não podemos ter na dor e no sofrimento alheio a nossa realização e satisfação pessoal. Não podemos adorar as cédulas mais que a vida humana em si, tampouco fazer delas o seu deus, o seu céu , o seu tudo.

Deus, certamente, não mudou. O Universo, a vida, apesar das descobertas, avanços e tecnologias são, basicamente, os mesmos.

Cabe a nós, como aos antigos, viver o amor, só isso, nada mais. Amar ao próximo como a si mesmo e o mundo será um eterno paraíso.

Existe um fio condutor na história, mas não da forma como gostaríamos. A identificação da divindade com cada um e com cada oportunidade parece definida por processos além do nosso entendimento racional, por isso temos que estar atentos com a forma de como nos posicionamos no mundo e com as estruturas do nosso caráter, para que não nos sintamos entre Jesus e a espada.