RELIGIÃO E CULTURA. PENTECOSTALISMO HITECH.

High – Tech: Alta Tecnologia ou simplesmente Hitech. Sentido ou definição de tempos modernos, podemos dizer que o mundo é conhecido hoje como antes e depois da Tecnologia da Informação “T.I.”

Lidamos em nossos dias com a geração da T.I., pois já é uma realidade em nossas vidas, grande parte da população se utiliza de algum tipo de T.I.

Nas grandes empresas e nos órgãos governamentais, já a mais de uma década o seu uso vem sendo adaptado as suas necessidades, e hoje é praticamente impossível você encontrar um órgão estatal ou uma empresa de grande porte sem o uso de algum tipo de ferramenta Hitech.

Podemos perceber também este movimento cultural sendo arrastado para dentro das Igrejas, que até algumas décadas atrás satanizava o rádio, hoje as Igrejas não só se utilizam do rádio como ferramenta de trabalho como muitos outros recursos disponíveis da T.I., para que seus braços possam cada vez mais se aproximar o máximo possível de pessoas antes não alcançadas. Não só para um controle absoluto dos seus membros como também para a conquista de outro público antes não possível.

Para além destas questões, o uso da T.I., vem sendo utilizado cada vez mais devido ao processo de crescimento e modernização deste veículo e da inclusão digital cada vez maior das pessoas no seu cotidiano.

Ao adentrar neste novo caminho as Igrejas Pentecostais e as Neo-pentecostais, buscam neste novo espaço virtual novas linguagens carregadas de símbolos religiosos uma via de comunicação e influencia na vida da sua comunidade.

Hoje a “T.I.” esta espalhada por todos os sistema e veículos de comunicação não só o radio e a Tv, mas com a grande conquista cientifica e avanços tecnológicos podemos contar com vários meios da propagação da “Hitech”, como os computadores, celulares, Ipeds além do radio e da Tv.

Segundo o texto do Sociólogo Gedeon Alencar afirma que “O vírus da modernidade cibernética, inexoravelmente, alcançou a todos, mas o Download é lento”.

Assim como a possibilidade de alcançar em qualquer parte do mundo as pessoas, tanto o governo como as multinacionais, têm limites de conexão, para as religiões não é diferente, pois devido a problemas de grandes proporções e de complexidades extremas até aos mais simples de caráter conceitual, teológicos e filosóficos.

Assim como a web é fantástica e maravilhosa, podemos acessar qualquer informação a respeito de todo tipo de assunto, como: Política, mundo da moda, esportes, livros e tantas outras possibilidades, também pode se tornar num terrível pesadelo assombroso e apavorante com seus sites pornográficos.

Como este acesso a Web é visto pelos líderes religiosos, uma vez que certas Igrejas tem uma forma contrária a novas ideias e normalmente vão à contra mão negando-as e até satanizando a ideia de modernidade? Conquista cientifica são sempre questionadas por estes líderes.

Então, como ver estes avanços tecnológicos já abraçados no mínimo pelos membros destas comunidades? A realidade de aderir a uma nova cosmovisão de mundo ou morrer abraçado aos velhos paradigmas?

Geralmente estes aspectos culturais e históricos de cada organização sempre refletem de certo modo nos sistemas de informações. Como levar isso para dentro da Igreja sem afetar a religião?

O que é determinante para cada tipo de Igreja em termo de estrutura, normas e valores que podem ou não ser abstraídos da Web?

“O poder é o meio através do quais conflitos de interesses são, afinal, resolvidos. O poder influencia quem consegue e o que, quando e como.” é quem vai determinar como, quando e o que serão utilizados.

Talvez líderes na guerra de audiência de quem é o verdadeiro e de quem faz mais milagres, estão através desta Hitech buscando como sempre na história de países e líderes e de grandes conquistadores, buscar a grande hegemonia religiosa.

Mas a grande questão é: existe de fato esta tal hegemonia, ou será que de fato alguém pode se atrever a conquistá-la?

Isso na verdade não passa de uma ideologia. E o que é uma “Ideologia”: É um mascaramento da realidade, que permite a legitimação da exploração e da dominação. Por intermédio dela, tratamos o falso por verdadeiro, o injusto por justo.

A SENTENÇA DE MORGAN (1996, P 163).

Chauí, Marilena. Ideologia. (pg.17).