"SABER SORRIR TAMBÉM É ARTE" Crônica de Flávio Cavalcante
SABER SORRIR TAMBÉM É ARTE
Crônica de:
Flávio Cavalcante
É um dos prazeres que a vida nos oferece. A reação do corpo que parece tirar um peso das costas nos dá uma sensação tão gostosa que chegamos ao ponto de pagar para darmos boas gargalhadas.
Estudos revelam que nem sempre uma pessoa que vive sorrindo é uma pessoa feliz. Tem ocasiões que o sorriso é um artifício de transparecer uma profunda tristeza. As gargalhas segundo os estudiosos desopilam o fígado e é contagiante até para quem estar do nosso lado. Um psicólogo aplicando uma palestra sobre o tema, expôs sua plateia a um teste severo de gargalhadas e pediu para um voluntário ficar de frente para a plateia e é começar ri gradativamente até ás gargalhas. Cada risada que o voluntário dava refletia em gargalhadas da plateia e em um determinado momento todos ouvintes não conseguiam mais parar de rir e o psicólogo teve que intervir para evitar que a risada prazerosa se transforma-se num mar de tortura e dor.
Depois que o palestrante conseguiu controlar aquela situação continuou delatando sobre o tema e sobretudo o perigo que rir demasiadamente. É fato que ri faz bem para a saúde no mesmo grau que este mesmo riso possa se tornar uma bomba relógio a sua saúde.
A profundidade deste tema é tão grandioso que até hoje há estudos sobre as risadas do ser humano. Cada dia se aprende mais e encontram reações adversas nas mais variadas pessoas do planeta.
Alguém concebe a ideia de que alguém já morreu de tanto rir? Pois é fato. Não acontece constantemente, mas já houve muitos casos de que pessoas carregando o distúrbio do riso, acabaram falecendo de tanto ri. Assim podemos dizer que a pessoa morreu de ri literalmente, fazendo jus ao dito popular.
Segundo especialistas o ato de rir é prazeroso desde que não seja demasiado. Aliás, tudo que dá prazer em exagero é prejudicial. Assisti algumas palestras sobre o tema e confesso que fiquei estupefato, mas também achei o assunto abordado muito curioso e instigante.
Existem pessoas que riem numa situação que não tem nada de engraçado. São pessoas abaladas emocionalmente e o riso é uma forma do organismo aliviar as tensões. Fica uma situação indelicada; pois estas pessoas riem de tudo que ver pela frente e não está sentindo prazer algum em dar aquelas boas gargalhadas. Sofrem por tentar parar e não obtém êxito. São pessoas enfermas que precisam de uma terapia acompanhada por o cuidado de um profissional.
Entrevistei algumas pessoas que carregam esses distúrbios e não senti prazer algum nas suas palavras. Uma delas delatou que às vezes ocorre em situação desagradável e a luta para tentar conter os nervos para cessar o exagero do riso é imensa; mas é em vão. O mais constrangedor é quando ocorre num velório, onde todos estão num momento de condolências e espontaneidade do riso vem descontrolado.
A pior fase desses distúrbios é o depois. Parece que a pessoa enferma entra no real da vida e o mais complicado ainda é fazer entender que aquela reação é algo que foge totalmente do seu controle. Alguém em sã consciência não faria tal cena mesmo que o acontecimento tenha sido de total prazer.
O riso é o melhor remédio quando numa situação normal podemos dizer que é um dos maiores prazeres da vida. O riso espontâneo é uma forma de manifestação do espírito dizer que está muito feliz. Existem também pessoas que contemplam as simples coisas da vida. Enxerga a saúde como a maior riqueza do ser humano e se contenta com muito pouco. Transmitem uma mega e contagiante energia positiva. Há controvérsias em outro ponto de pessoas que nunca consegue enxergar algo positivo. Tudo está sempre ruim para elas. Pessoas assim sofrem com alguma coisa que nem elas mesmas sabem o porquê da tristeza. E transmitem uma negatividade tão vil que também contagia e gruda na nossa esfera espiritual igual a um parasita que mata sugando até a última gota de sangue do seu hospedeiro.
Sorrir é arte. Pura arte. Precisa ter talento para descobrir o prazer de ser feliz. Costumo dizer que isto é dom e quem o tem é porque teve merecimento. Quem não tem esse dom precisa pelo menos arranjar uma forma para continuar a jornada da vida sem sofrer tanto e sem transmitir tanta energia ruim para quem está com a bateria com toda carga positiva.
SOMOS RESPONSÁVEIS QUANDO TEMOS ESTE CONHECIMENTO
Flávio Cavalcante