ENOLA GAY

Era começo de agosto de 1945. O coronel Paul Tibbets pintou num bombardeio B-29 o nome de sua mãe: ENOLA GAY. Ele seria o piloto comandante de uma missão "cristã" da civilização ocidental, autoizada e decidida por um quase pastor protestante que ocupava a presidência dos EUA, Harry Truman, todo domingo ele muito compenetrado se dirigia a uma Igreja Batista e orava freneticamente. A missão que esse "crisrão" determinou foi jogar uma bomba atômica na cidade de Hiroshima no Japão. Não havia nenhuma necessidade dessa monstruosidade, o Japão já estava vencido e ia se render. Mas Truman queria vingança. Queria promover o horror. Jogaram a boma e ela matou no ato mais de 120 mil pessoas, diziou a cidade, envenenou gerações, destruiu, fez a cidade virar um inferno. Isso foi no dia seis de agosto (amanhã faz 70 anos). Mas o "cristão" assassino não estava satisfeito e mandou jogar mais um Little Boy, o apelido da bomba atômica, noutra cidade japonesa, Nakazaki. O mesmo horror.

Não sei como o coronel Tibbets conseguiu viver tranquilo, fala-se que virou herói nacional, assim como Truman. Foi um crime muito maiior do que o das torres gêmeas. Foi pior que o de Bin Laden. O Estado Islâmico comprado a esse horror é menino de escola.

Para mim esse horror precisa ser lembrado eternamente. Acho que Truman foi muito mais assassino que o piloto que jogou a bomba. Com certeza Truman está no inferno aspirando o veneno atômico do fogo do inferno.

Vinicius de Moraes fez um poema lindo sobre essa mostruosidade, "A Rosa de Hiroxima: "Pensem nas crianças/ Mudas telepáticas/ Pensem nas meninas/ Cegas inexatas; Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas/ Pensem nas feridas/ Como rosas cálidas/ Mas oh não se esqueçam/ Da / Da rosa de Hiroxima/ A rosa hereditária/ A rosa radioativa/ Estúpida e inválida/ A rosa com cirrose/ A anti-rosa atômica/ Sem cor sem perfume/ Sem rosa sem nada".

Esse crime, repito, precisa ser lembrado.