QUE TUDO O MAIS VÁ PRO INFERNO

Não adianta esse pieguice de dourar a pílula, esse conformismo imecil que procura esconder a realidade, esse ouro de tolo, essas gambiarras dos brocoiós de colocar a verdade debaixo do tapete das ilusões. Não adianta também ficar admirando o sucesso ou a glória alheia de fulanos dos anzóis. Pra que esse ridículo de ver com os olhos e lamber com a testa? Melhor ignorar. Que fique claro que ninguém goza com os documentos dos outros, é uma espécie de masturbação insatisfatória. Por outro lado, que se dane o sobejo, os restos, a lavagem... Não se deve fumar toco, beata, segundo tempo de nenhuma espécie. Ou tudo ou nada.

Sem essa também de culpar os nossos inimigos pelos nossos insucessos que são apenas reflexos da nossa covardia, do nosso medo crônico de fazer o enfrentamento. Sem essa de se cagar e se mijar de medo de fulano, beltrano e sicrano. Mais: sem essa de patriotismo cafona, de sentir friozinho e marejar olhos quando se ouve o hino ou se vê a bandeira nos jogos da ridicula seleção. Sem essa patriotata de manés. Não, não faço parte dessa manada. E priu.Que tenho eu, por exemplo, a ver com olimpíada onde se gasta uma fortuna, bilhões, para satisfazer sabidões? Que tenho eu a ver com os erros dos outros, com a sua covardia e malfeitos? Só nos procuram nos tempos das vacas magras, quando estão por cima da carne seca nos ignoram. Sei que sou apenas um pobre coitado. Um deles. Mas aanão me adapto à teoria do conformismo e nem a ser instrumento de covardes. Comigo não, violão.

Estou, hermanos, de oovo virado. E que tudo o mais vá pro inferno. Não faço parte de nenhuma manada.