Síndrome de Solomon - Desperdício de dons
 
     Estava lendo hoje uma matéria na ABC. ES sobre um homem de Moscou chamado, Solomon Shereshevesky, a quem é atribuída a maior memória que se conheceu. Ele era capaz de lembrar absolutamente tudo. Todos os detalhes do que já havia lhe acontecido, tudo que via e ouvia, de fórmulas matemáticas complexas a textos e poemas em outras línguas. Um cientista, Alexander Romanovich Luria - um dos fundadores da neurociência cognitiva, se interessou por seu caso e o submeteu a diversos testes durante anos, e sua memória nunca falhava.

     Esse jovem super dotado, era jornalista e se demitiu para viver de apresentações onde exibia seu dom. Foi um sucesso, mas lhe custava muita memória, e para recordar com perfeição ele necessitava de concentração total. Após um tempo ele desistiu do show business e virou taxista, profissão na qual permaneceu até sua morte - em completo anonimato.

      Quando li a notícia, fiquei pensando em como essa história de vida dele podia ser inspiradora se vista do ângulo certo por todos nós reles mortais que esquecemos até o que jantamos ontem, e cheguei  a conclusão que a parte que eu gostaria de resaltar e compartilhar com vocês é o desperdício do dom. Imaginei em quantas profissões e estudos, ele poderia ter aplicado com sucesso essa capacidade única de tornar tudo inesquecível. Imaginei-o sendo um diplomata poliglata, um palestrante incrível, um investigador infalível como em Unforgettable (Seriado), um estudioso de qualquer área do conhecimento que ele escolhesse ou até um concurseiro (risos - nem tinha isso naquela época).

     Partindo dessa introdução, te convido a olhar para dentro de você e de sua vida, e analisar o que você tem feito dela, se tem realmente aproveitado ao máximo os dons que Deus, a vida ou a sorte te deram. Procure nos seus registros mentais e laborais no que você se destaca, no que se diferencia - mesmo que só um pouquinho - da massa, e depois que encontrar pense aí sozinho com seus botões - Será que não estou me sabotando também e jogando fora meu talento? Será que eu não poderia estar contribuindo mais com minha felicidade? Será que não poderia contribuir mais com o mundo? Será que tenho "Síndrome de Solomon"? ( Eu acabei de inventar essa doença).

http://estavaakipensando.blogspot.com.br/