A Médica e o Policial
Caso do assalto num ônibus na Barra. Claro que se deve aplaudir, e muito, a médica que socorreu um dos assaltantes ferido por um policial que reagiu ao assalto. Não se pode deixar de enaltecer uma atitude humanitária. Até porque isso não é comum em nossos dias. A função básica do médico é salvar vidas.
Mas temos também que aplaudir ruidosamente a atitude do policial que agiu no cumprimento da sua função de proteger os cidadãos de bem. Demonstrando, inclusive, perícia e bom treinamento, já que nenhum passageiro foi ferido.
Assim como a médica, tal policial deveria ser premiado. Se ele estivesse no ônibus 174, sequestrado no dia 12 de junho de 2000, provavelmente não teria perdido a vida a jovem atingida pelo assaltante em função da desastrada tentativa de alguns policias em libertá-la.
O caso da Barra nos mostra que, se alguém estiver armado num ônibus, e for dotado do devido treinamento e habilitado psicologicamente, possivelmente terá condições de evitar ou prevenir um assalto. Se aos cidadãos civis, claro que com a devida habilitação psicológica e o treinamento adequado, fosse permitido o uso de armas, é muito provável que os assaltantes se sentissem inibidos ao roubo em ônibus, no Metrô ou mesmo ao roubo de carros nas ruas. Sabedores de uma eventual reação.
Podemos estabelecer certo paralelo com quem desejar entrar na Indonésia com certa quantidade de drogas. Certamente essa pessoa irá pensar duas vezes, depois dos dois brasileiros condenados irreversivelmente à pena capital nesse país.
Rio, 06/07/2015