MUDANÇA DE HÁBITO
Até alguns anos atrás, quando ocorria a gravidez antes do casamento, a gestante e a sua família, faziam questão de esconder o fato até que, por casamento ou por aborto, o caso fosse abafado a fim de manter o que até então se entendia por “honra da família”.
Hoje não mais.
Durante as cerimônias dos casamentos, quer sejam civis ou religiosos, as grávidas fazem questão de explicitar a sua condição de gestante, tanto com as roupas ligadas ao corpo como em poses durante as seções de fotos, antes e depois das cerimônias, em meio aos convidados que também participam a fim de por o ventre grávido em evidência.
Outra coisa que também chama a atenção é o sobrepeso em grande parte da população feminina, o exagero nos decotes e nos comprimentos dos vestidos, assim como os sapatos, altíssimos e de salto agulha.
Os vestidos justos, muitas vezes de tecido transparentes, deixam à mostra a maior parte dos seios e curtos de tal forma que a mulher passa todo tempo tentando aproximar a bainha dos joelhos, obviamente, sem conseguir;
Os sapatos, verdadeiras máquinas de tortura, deixam os pés em ponta, como as sapatilhas das bailarinas clássicas, altamente desconfortáveis e que tornam o andar semelhante ao dos ungulígrados, mas por não sermos quadrúpedes, esse exagero desnecessário prejudica o equilíbrio proporcionando um desfile grotesco de tremendo mau gosto.
O triângulo dos horrores, composto pelos cabelos soltos e lisos a custa de muita escova quente e potes de creme alisante, os vestidos curtos e apertados e os sapatos inadequados fazem com que as mulheres passem todo tempo tentando manter-se confortáveis numa sequência de movimentos, quase tiques nervosos, que em tudo se assemelha ao TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo.
– ajeita o cabelo, arruma o decote, puxa o vestido para baixo, equilibra o pé; - equilibra o pé, ajeita o cabelo, puxa o vestido para baixo, arruma o decote; - puxa o vestido para baixo, arruma o decote, ajeita o cabelo, equilibra o pé; - arruma o decote, puxa o vestido para baixo, equilibra o pé, ajeita o cabelo...
Numa frequência de tempo cada vez menor o que faz com que a mulher, vítima da moda, não consiga pensar em outra coisa, a não ser “ficar linda”.
Aquela compostura na vestimenta masculina, também foi negligenciada.
Além da mostra repugnante das tatuagens por todas as partes visíveis dos corpos, alargadores nas orelhas e piercings espalhados em locais inusitados há também a ridícula exposição das cuecas, quase sempre de marcas duvidosas e, os cabelos, no melhor estilo cacatua desvairada.
E, em obediência à onda do “politicamente correto” pululam bandos e duplas gays...
Masculinos, qual libélulas, desfilam fazendo gestos e bocas na vã tentativa de se aproximar do modelo de mulher escolhido para ”arrasar” e as femininas, verdadeiros ogros neandertais, demonstram um arremedo de masculinidade grotesca que vai muito além do elenco comportamental dos homens verdadeiros.
Como diria Cícero, o tribuno: O TEMPORA, O MORES...