DE QUEM É A CULPA, AFINAL?
Não sou dada a discutir acerca de políticos, por questão peculiar a minha forma de compreender o outro. No entanto, não posso evitar um incomodo com a repetição e generalização, que a maioria estão a fazer, no que tange a tudo que acontece na vida ser culpa “da presidente”. Fico indignada, não por se culpar A ou B, mas por estarem agindo de forma irracional, ignorantemente. Ora bolas, teria o presidente o poder detentor de se eleger? Quantos estados tem o nosso Brasil, é o presidente, também que elege a todos os governadores? Ah, também a todos os deputados e os tantos mil prefeitos e vereadores? Somos ou não somos uma REPÚBLICA?
Anos atrás, assistindo a primeira versão da novela Pantanal (1990), de Benedito Ruy Barbosa, ouvi de um dos personagens que, “todo povo tem o governante que merece”, profundo, né? Que reflitamos sobre isso, pois cada um é responsável pelo andar da sua carruagem e que a mesma está inserida num contexto coletivo, nada está solto. Que paremos de atribuir ao outro o peso das nossas escolhas. Que comecemos a nos sentir como parte integrante do processo como um todo e não apenas como parte; que saibamos reconhecer e admitir a nossa parcela neste complexo sistema, o qual é responsabilidade de todos. O mundo urge de menos gente que aponte culpados e de mais gente que colabore efetivamente em qualquer estância!