In(contornável) Destino?
Não creio que seja totalmente verdade ser o destino in(governável), ou mesmo in(contornável). Porque, ao longo da esteira da vida, nós podemos fazer escolhas. E são essas escolhas que determinam que tijolos calçarão as trilhas para nossos pés seguirem adiante. Olhe o mundo ao redor. Não é ele o culpado pela estafa que vive, nem mesmo pelos sinais de morte que bafejam de seu interior, ou mesmo o escurecer do sol da vida que já antepara à estrada do tempo. Nós, seres humanos, não fizemos a escolha correta. Determinamos como queríamos viver à revelia do que a natureza e o sincronismo do universo nos proporcionavam em sua sabedoria. E então sim, acredito que o mesmo destino tornou-se incontornável. Com o andar lépido da areia pro lado debaixo da ampulheta do tempo de nosso planeta, os resultados de nossas decisões e escolhas já se fazem sentir e não poderão mais ser contornados. Determinamos o nosso próprio fim. O mundo jaz moribundo, alquebrado e esfacelado pelas nossas injustiças. Derramamos fel sobre os caminhos que nós mesmos estamos pisando. Fizemos nossas escolhas. Traçamos o nosso destino. A pergunta que fica é se ainda é possível fazermos escolhas e mudar o que hoje está posto. Por isso, não acredito no in(governo) do destino. Porque, ao longo da esteira da vida, não é ele que faz nossas escolhas. Somos nós. E serão essas que determinarão que tijolos calçarão as trilhas para nossos pés seguirem adiante...