Filósofo da Zona - Cavaleiros ocultos

Em canção aos olhos que não vejo eu falei de “Cavaleiros ocultos” e gostaria, ou melhor, penso que chegou o momento de falar mais sobre eles.

Tomaram os versos a fisionomia daqueles cavaleiros, os 4 do apocalipse, A fome, A peste, A ganância e a guerra, e são...de outra forma mas são todos isso mesmo.

Olhos que espreitam no escuro e que brilham à luz do sol ou da lua são os mesmos.

Um desses cavaleiros, que já não são mais 4 mas muitos, centenas, é a paixão mais forte que se sente por alguém ou por algo que não se poderia sentir, não nessa fase da vida onde tudo se torna muito claro e os problemas um turbilhão de melodias que lamentam juntas em uníssono como um sub solo de um cemitério qualquer.

Outro só observa meus passos como um guardião de uma moral sem jeito, da porra de uma regra qualquer de conduta inventada pelos infelizes mas gente como eu são daqueles que fazem o carnaval.

Quando penso em tudo que se abre quando é dito cavaleiros ocultos vejo a impotência das minhas linhas ao propor descreve-los todos, porque existem aqueles que nem eu percebo, e também não percebe quem frontalmente se reconhece sujeito da poesia.

Primeiro porque o sujeito está oculto e bem oculto(risos) depois que no Futuro, passado e presente se encontram para tece-lo. É mesmo meio visionário e sem sentido tudo isso, porque sentido é muito normal e a visão desse instrumento chamado olho também, é preciso se propor a ver com outros olhos e sentir com os poros, à distancia.

Gente, o óbvio me deixou como um cavaleiro que deixa o reino e nunca mais volta , pode estar morto alhures, pode ter encontrado a razão da obviedade e se casado com ela, pode estar combatendo por outro reino em mais uma obvia guerra onde quem vence são só a morte e a desolação.

As vezes me descuido do que escrevo e as entrelinhas bóiam, passam a ser vistas e mudadas ao bel e voraz prazer de quem as decifra (risos)

Ironia isso.