A vida se repete na estação

Na semana em que o coração doeu, me vi decidida a forçar alguns fins. Mas, com todo respeito que tenho por mim, fui honesta comigo e com todos que também me respeitaram, em algum momento, durante todo o ciclo. De tudo, a tal certeza: o que foi bom, que permaneça!

O que não posso -e não vou- esquecer, é que afinal: pra cada ida há uma chegada. E se eu ainda não morri, os fins não passam de recomeços. A minha sorte é que nessas horas de mudanças, eu tenho quem me abrace e quem me faz falta. E esses são os que vão permanecer.

Por sorte, aprendi a agradecer toda ajuda que recebo. E é dessa forma que encerro meus ciclos. Toda experiência me acrescenta, mas não se deve suspirar pelos ontens. Faço-me hoje.

Na minha ultima insônia, uma voz me sussurrou ao ouvido: “Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação de meus desejos afligidos”. Suspirei de volta: Ai Cecília, em mim também.

Triste é fingir vida onde não tem.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 30/07/2015
Reeditado em 30/07/2015
Código do texto: T5329039
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