Calheiros e a cartilha da Martinha Suplicy - 1ª Parte
A situação do Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é, no mínimo, tragicômica.
A política brasileira também possui um lado bem humorístico.
Senão, vejamos...
O senador peemedebista seguiu à risca a orientação da Martinha Suplicy, quando esteve com a sua amante, a Mônica Veloso. A cartilha da Marta foi seguida estritamente pelo Calheiros, principalmente no capítulo "Relexa e goza!".
Cumpriu, decerto, com prazer! Muito prazer, é verdade...
No entanto, jamais esperava o parlamentar alagoano que um preço de quinze ou vinte minutos de prazer repercutisse tanto e custasse caro a ele. Sua vida, enquanto homem público e político de prestígio; o pouco patrimônio familiar que possui com esposa e filhos, além de muita dor de cabeça em ser, diariamente, procurado pelos jornalistas.
Tudo por conta do escândalo do "I lobbie you", do seu velho amigo de caminhada, Cláudio Gontijo.
Só porque ele seguiu isso, sugeriria ao senador uma alternativa como consolo pessoal. Ele, talvez, em um ato de coragem e de "nobreza", deveria pedir ao Conselho de Ética do PT para "expulsar" a Marta, porque ela trouxe mais problemas a ele, se comparado às alegrias.
Já bastara a pensão por fora de um lobista, entre sonegações e sonegações. Soma-se a isso o constrangimento público e os ricos repertórios de piadas, contados nas calçadas de ruas e corredores de apartamentos; entre as rodinhas de amigos e conversas fiadas de bares, padarias e salões de cabelereiros.
Depois de uma exposição típica de uma novela mexicana, entre a baixaria posta ontem no Senado pelos advogados de Calheiros e Mônica Veloso, sabe se lá até onde vai o constrangimento do quarto homem mais poderoso do país.
Apenas por querer satisfazer o pobre desejo mortal da carne, enquanto homem - sujeito às volúpias e às tentações continuístas do carpete azul do Senado Federal.
Tudo por conta do "poder pelo poder". Ainda que custe a sua imagem e reputação, enquanto indivíduo.
Pobre Brasil... pobre Calheiros... pobre Mônica!