PRIVATIZAR OU ESTATIZAR?

São seis horas e oito minutos deste novo dia que amanhece; os pássaros já cantam louvando mais um dia que começa; neste horário de verão, que teremos que nos adaptar ao longo destes quatro meses...

O assunto em destaque de ontem foi o leilão para buscar parcerias para exploração da maior reserva de petróleo do Pré-Sal, campo de Libra, em Santos, é considerada a maior reserva de petróleo em águas profundas do Pré-Sal, “guardadas” pela Natureza por milhões de anos de mutações geológicas de nosso Planeta; os derivados do petróleo continuam sendo o principal gerador de energia, na indústria e na maioria dos veículos...

Durante algumas horas foi o principal foco de atenções, muitos se “concentraram”, nas imediações do local, próximo de um hotel, o local virou uma “praça de guerra”, na cidade do Rio de Janeiro, houve a participação de vários empregados da Petrobrás, - que em parte estão em greve. - que são radicalmente contra a quebra do monopólio, da maior empresa do Brasil...

A noite houve um pronunciamento da Presidente Dilma, dando detalhes, das participações de duas empresas com 10% cada uma; a multinacional americana e uma estatal chinesa, cabendo a nossa estatal 40% na participação...

Os recursos obtidos desta nova fonte de renda seriam em Educação, 75%, saúde 25%, se, realmente isto for colocado em prática, teriam resultados positivos para estes dois importantes seguimentos, que estão com carência de recursos; no primeiro caso, - educação. - é o caminho encontrando para melhorar todos os seguimentos da sociedade...

Mas, aparentemente não teve um bom começo; o Ministro G.M. disse que os quinze bilhões pagos nas assinaturas dos contratos, seriam bem vindos, para equilibrar as contas públicas...

Acreditamos, que hoje, que a opção radical para um dos dois extremos, não é benéfica a sociedade, mas sim o meio termo em que o Estado, funcione como elemento moderador, equilibrando os interesses, quando simplesmente se privatiza os interesses públicos ficam em segundo plano; aqui já temos vários exemplos, em que os setores foram totalmente privatizados, o lucro é o foco principal; exemplo: o setor de telecomunicações; é evidente que houve um aumento na oferta de telefones, porém, a que custo? “congelamento”, dos salários dos empregados ligados ao setor, altíssimo aumento das tarifas, - são consideradas as mais caras do mundo. - e a qualidade não acompanha os altos preços...

Outro exemplo: privatização do sistema ferroviário. Aqui temos uma centenária ferrovia, Curitiba a Paranaguá, transpondo a serra do mar, numa magnífica obra de engenharia dos irmãos Rebouças, - André e Antonio. - construído na época em que vigorava a monarquia, - inaugurada em 1.885, por Dom Pedro II, o último monarca do Brasil. - após a privatização as passagens são vendidas em dez pagamentos, com “classe única”, antes disto, as pessoas para lá se dirigiam, havia várias opções na compra da passagem, primeira classe, segunda e até terceira, esta última extremamente acessível à população com menos poder aquisitivo; hoje tudo é parte de um passado, o preço da passagem foi “elitizado” com altíssimos preços dificultando o livre acesso dos que dispõe de menor poder aquisitivo; bem como as maiorias das rotas foram extintas, pois não davam lucro, muito embora beneficiassem grandes números de passageiros...

Em tempo: está para haver mais uma alta de combustível; ao mesmo tempo questionamos, se o país auto-suficiente na produção dos derivados do petróleo, qual a razão pagarmos tão caro por um litro de gasolina? Seriam os impostos? Há algum tempo atrás falando com um médico amigo que acabara de vir de viajem dos EUA, lá nos disse que alugou um carro, perguntei a ele quando custava um litro de gasolina, - comparando com nossa moeda. – ele disse que já fizera a conta equivalia a R$ 1,00, da para “entender”?

Ficamos por aqui em nossas Reflexões do Cotidiano de hoje, e que apesar de tudo não percamos a esperança, o país há de encontrar um caminho que venha de encontro as suas necessidades...

Curitiba, 21 de outubro de 2.013 - Reflexões do Cotidiano – Saul

Hoje é 28 de julho de 2015

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 28/07/2015
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