Se algum dia dizer adeus...
          A vida é assim, eu também ando assim, com as limitações de doentes crônicos como a diabete, neuropatia diabética, gastrite, coluna,  hipertensão, problemas hormonais, distúrbios do sono... e de uma artéria que está secando cada vez mais.
          Não parece, mas tomo 20 comprimidos por dia e insulina 45...
          Só funciono bem sentada aqui no sofá, com almofadas nas costas e notebook em cima de uma almofada nas pernas.
          Fico o dia todo assim...
          Escrever move a minha vida, que um dia foi de dinamismo total, correndo o dia todo, lecionando e então depois mais tarde, vindo de Minas Gerais para São Paulo,  trabalhando numa multinacional, aonde trabalhando com química pesada em um laboratório de agrotóxicos, adquiri muitas doenças como o câncer e doenças neurológicas.
          Levanto faço minhas poucas obrigações como cozinhar para mim e meu adorado esposo e volto a sentar.
          Mas é só levantar e vem a tonteira, fadiga, sudorese e cansaço, e pouco saio de casa, meu mundo agora é mais virtual...
Sofro com os efeitos colaterais dos remédios que tomo.

          E tomo antidepressivo dilatador de artéria. Pois tenho uma artéria afunilada no cérebro que me causa muita tonteira, e a carbamazepina dilata esta artéria, ajudando a me manter de pé.
          Minha vida é escrever, até o dia que aguentar. Se algum dia sumir do recanto é porque não deu mais, já que faço dele um motivo de viver.
          Escrevo tudo o que aprendi até hoje na vida, não tenho motivo para esconder nada, e passar conhecimentos é a meta de todo ser humano, cada um em seu grau de vivência, pois sabedoria todos tem, até mesmo a empírica ou intrínseca, como a nossa de poetas.  
          Cada pessoa que está no recanto compondo as suas obras, são pessoas sábias e inspirada pelo sagrado ser.
          Cada poeta tem o seu recado da alma, e que Deus abençoe cada um. Não tenho nada a reclamar de ninguém, e só agradecer as primorosas e geniais amizades, que muito tem me ensinado.
          Se um dia dizer adeus é porque as forças acabaram de vez...porque dependo da força mental também, para escrever. E escrever é o meu vício mais gostoso, meu viver, além de viver para meu lar e família logicamente. Muitas vezes fico tonta e me dá um branco total, não sei aonde isto vai dar, mas continuo nesta compulsão de escrever a cada momento que ainda posso.
          Mas daqui do meu sofá consigo tudo isto, e até cuidar de minha sogra querida, doente, dez dias em cada mês. Que Deus e os anjos me ajude nesta caminhada. Devagar ainda posso ir longe... 
          OBRIGADA MEU DEUS POR TUDO...
PELO DOM DE SER POETISA E ESCRITORA...ETERNAMENTE...

     Obrigado aos meus amigos virtuais,
que agora são a motivação da minha vida, pela relação interpessoal...
Obrigada pelo carinho e amor de todos, é recíproco...
NORMA
QUE OS ANJOS ABENÇOE A TODOS...

 
 
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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 25/07/2015
Reeditado em 26/07/2015
Código do texto: T5322896
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