O ponto do arroz

Já deixou o arroz passar do ponto alguma vez? Acho que ninguém escapa com um NÃO convincente, arroz queimado ou assaz tostado.

E era uma coisa de segundos, uma distração qualquer, e se podia preparar para o que desse e viesse. O arroz, ao fundo da caçarola, aquele tiquitinho quase insignificante, empapado de óleo, banha ou gordura, mexido pra lá pra cá, quando começasse a dourar, não havia como esperar: hora era da onça beber água. E na dose certa também.

Aí já se podia relaxar, tudo estava sob relativo controle. Aqueles grãozinhos insignificantes iam-se embebedar e com pouco a caçarola abarrotada havia de estar. Uns fiapinhos de bacalhau bem que podiam estar à mão para dara mais gosto e sustança. Ou na falta dele, um jiló. Um só, partido, e era o amarguinho pretendido - mas por muitos repelido.

Hora - ou meia hora - de se retomar o tricô: ponto arroz?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 24/07/2015
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