SER FELIZ...

Parece complicado, mas é fácil. Viver dentro de suas possibilidades, sejam quais forem, alcançados os patamares possíveis. O que não se pode resgatar com tranquilidade, materialmente e sentimentalmente, deve ser descartado.

É sofrimento que compensa....Por quê? Olhe os prazeres como vão,não como vêm.

Muitos prazeres irão te esmagar, são impagáveis. Este é o mal do mundo que chamam de cape-ta-lismo. Inflação é gastar o que não se tem. Esse mal ainda se pode resgatar. Mas existe outra inflação, maior,bem maior, devastadora, querer ter o que os outros têm, invejar o que os outros sabem, seus acervos todos, acumulados por razões fundamentais, materiais e espirituais. É a inflação da alma.O pior dos mundos existenciais. O inferno que não se deve habitar.

Qual a visão clara de sua realidade? Ela, sua vontade, está a demandar o que você não pode fazer ou está plenamente realizada? Meça com verdade essa pergunta e não fuja à verdadeira resposta? Será que existirá autenticidade no que surgir? Não minta sempre, ao menos uma vez seja benevolente com você. Não seja sempre infeliz.

Seja generoso em amplitude com você, não minta de forma alguma agora, não espanque e dilacere sua realidade,sua verdadeira verdade, o retorno será benefício e privilégio que você até agora não se concedeu.

O que vive te conforta ou falta alguma coisa?

Doe o mínimo a você mesmo, a verdade.Ninguém será feliz se não doa o mínimo, e a verdade é para que não se viva sob a mentira.

Ninguém pode ser feliz ausentando-se do amor mínimo, e esse amor mínimo você deve a você mesmo, se mente a você mesmo esmaga seu interior, e por vezes não sabe,não sente,mas se está pesado e não sabe é por desconhecer levezas, está distante dessa balança e não pode distinguir, não há como medir, ninguém pode medir o desconhecido, o que nunca viveu. Fique leve, não minta.

Trata-se de cota de compartilhamento universal estar nesse mundo e ser verdadeiro. O que importa o que os outras pessoas achem ou deixem de achar de mim. Será que estão preocupados com minha vida? Ou sou eu que necessito de palco? É como as universalidades que o homem conquistou, verdades absolutas, fazendo-o com muita luta, esforço, trabalho, estudo e pesquisa. Se minto a mim mesmo mentirei a essas verdades, que desconheço e não aceito mesmo dadas ao meu conhecimento. Se não mereço meu respeito quem merecerá de mim algo ou alguma coisa? Respeito é paradigma uniforme sem cisões. Se não respeito a mim mesmo, a quem iria respeitar?

Haverá sempre uma fenda aberta como chaga nos portadores de mentiras ditas a si mesmo, sob a religião infame do desrespeito, arrastando complexos e irrealizações que dependiam da vontade e da luta, que muitas personalidades não vencem. Estão vencidas.

Os vitimados pelo desamor carregam feridas abertas visíveis desde o nascimento, e assim vivem, não são culpados, não há culpas,mas realidades factuais, mas essas são personalidades que não cessarão sua saga de condutas indesejadas, não têm como escapar, são vítimas do destino, dessas chagas disformes e tenebrosas. Assim viverão e assim partirão. Não existem condições de alterarem esse estado de alma, senão pela admissibilidade e redirecionamento. É embrionário e visceral,mas sempre há uma nova vida possível.

Seja feliz vivendo seus espaços sem aumentá-los ou diminuí-los, dentro de suas possibilidades para que a vida seja bela, sem mentiras, mas principalmente, fuja do egoísmo. E não seja egoísta com você mesmo mentindo sobre os seus desejos, este o ponto principal, confesse-os como se estivesse em um confessionário institucional, e quem sabe haverá sublimação. Seu ego quer ouvir suas frustrações, seus problemas desconhecidos pelos outros e que só você conhece, os que você não tem forças para sublimar, muito menos externar, mesmo de forma intimista não o faz. Diga a você mesmo,isso me marcou profundamente e não consigo compreender, superar.

Seria um não gostar de si mesmo essa falta de enfrentamento, embora se queira viver distante do principal, que atormenta, em pesadelo, e se queira viver em ufanismo falso. Confessar é uma eficaz terapia.

A felicidade só chega se fazemos nossos próximos e não próximos felizes. Mas somos os primeiros a aspirar essa felicidade, e para sermos felizes, para isso, precisamos ser verdadeiros.O nome disso é amor. Amor próprio ao menos, sem estigmas, não se torture. Poucas pessoas estão preparadas para vivê-lo, viver o amor, e o confundem, aspiram o que não podem ter, almejam o que outros vivem, sonham com o que não podem alcançar. São os donos do nada, que nada conhecem nem conhecerão, nem as belezas produzidas pela humanidade nem a paz interior, vivem uma vida enganosa em seus redutos pequenos material e espiritualmente, e ainda pensam serem felizes, pois não conhecem felicidade. Sempre é tempo de mudar. Nunca estiveram prontos para receberem verdades por não serem verdadeiros.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/07/2015
Reeditado em 27/07/2015
Código do texto: T5321973
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