CRÔNICA – Eu quero confiar – 24.07.2015
 
CRÔNICA – Eu quero confiar – 24.07.2015
 
 
É voz corrente, pública e notória, que o Brasil se tornou um dos países mais desajustados do mundo, em face da roubalheira e da corrupção que grassa no seio de alguns dos principais políticos brasileiros e seus seguidores ao longo dos anos.
            A meu pensar, jamais um Procurador Geral da República teria coragem de denunciar alguém sem ter pelo menos um indício verdadeiro de prova, quer seja documental, testemunhal e etc. Daí então sou daqueles que favoráveis a que qualquer indiciado, seja lá de que partido for ou o cargo que ocupe, devesse pedir licença e se afastar das funções até o resultado final da apuração. Sendo julgado inocente, por acaso ou influência de terceiras autoridades, claro que ao governo caberia pagar toda e qualquer indenização ao acusado, inclusive perdas e danos
            O problema é que as nossas leis são meramente favoráveis aos que se locupletam com esses tais de “mal feitos”, nova modalidade de crime criada pela presidente da república. Ora, o sujeito recebe R$ 20 milhões de “gorjeta” por um acordo ilegal e imundo, aproveitando-se do seu poder político e de mando numa empresa estatal e ainda fica fazendo discursos atacando a figura da autoridade que o indiciou é algo que jamais poderia ser concebido.
            Também entendo que essas delações premiadas, instituto recentemente adotado pelo nosso direito, pode dar ao delator a oportunidade de mentir, inventar, criar e colocar algúem na cena do crime, mesmo quem nada de ilícito tenha cometido; pode até isentar o maior culpado ou mesmo o chefe da quadrilha, retirando-o do terreno e do centro dos crimes por ele cometidos, que geralmente são de caráter doloso, disso não se tem dúvidas. Para os malfeitores, quase sempre os delatores estão mentindo, daí começam a se defender, porém não levando uma justificativa plausível que os absolva das acusações. Jogam naquele sistema muitas vezes usado no futebol: “O ataque é a melhor defesa”, com o qual não concordo. Ora, se sou acusado de ter matado a alguém, em determinado dia, local e hora, claro que o meu álibi será simplesmente mostrar que naquele instante eu estava em outra localidade, não podendo destarte ser responsabilizado pelo delito. Sim, mas mesmo ausente eu poderia ser o autor intelectual ou o mandatário do crime, sendo portanto tão criminoso quanto àqueles que o executaram, daí impossível a minha defesa, salvo na criatiividade de muitos advogados especialistas em bolar uma espécie de teatro, uma encenação para o fato. E cobram caro, muito caro, pelo drama…
            Feita essa introdução, sinto meu coração doer, quando vejo de um dia pra noite a tomada de posição de autoridades da área econômica brasileira, gente da melhor qualidade, tomar medidas que claramente influenciam nos mercados nacionais e internacionais. Não consigo engolir que tais pacotes não sejam cochichados nos ouvidos de pessoas do alto ciclo de amizade, a fim de que resultem em benefício próprio e de terceiros. Veja bem: Quem poderia olvidar que alguém domeio não tenha falado para pessoas de estrita confiança algo mais ou menos assim: “Cara, amanhã vamos tomar uma medida que vai fazer o dólar subir e a bolsa de valores cair…manda brasa”. E em menos de um dia o dinheiro deles valoriza substancialmente, seja com a venda e/ou compra do ativo pertinente. Enquanto isso, os recursos dos mais fracos vão minguando lentamente, por exemplo, quando sua pequena cartela de ações desce a ladeira com a desvalorização desses papeis. Quero deixar patente que não estou acusando a ninguém, até por que todo mundo é honesto até prova em contrário.
            A verdade pura e verdadeira é que as medidas que vêm sendo tomadas pelas autoridades deixaram-me cada dia mais pobre, mais fragilizado, isso diante do quadro de incertezas e de perplexidade com que esses cidadãos tomam conta do país, mandam em tudo sem que os brasileiros lhes tenham dado tais poderes, eis que não tiveram voto algum, foram escolhidos por quem lamentavelmente mentiu ao povo ao longo das campanhas eleitorais, ou seja, estão indevidamente ocupando esses lugares tão desejados por pessoas que desejam fazer o bem à comunidade nacional.
            Agora estão querendo marcar através de terceiras pessoas, encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a fim de arranjar um rumo pro governo e evitar possível pedido de “impeachment” para a presidente Dilma Rousseff. Agora me pergunto: Por que fizeram uma campanha eleitoral tão despudorada e agressiva contra os do PSDB e o próprio FHC? Sinto que o PT está ansioso por novo mandato, a fim de mandar encinerar tudo o que ficar gravado em termos de corrupção. A falta de humildade do doutor Lula é flagrante, eis que tem o número do telefone do homem que acabou com a inflação brasileira, que hoje retorna fortemente aos lares das famílias, notadamente daquelas mais pobres e carentes de tudo na vida.
Fico por aqui. Meu abraço.
Ansilgus.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 24/07/2015
Reeditado em 24/07/2015
Código do texto: T5321893
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